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Congresso mundial de Biotecnologia Industrial

Publicado em 04/08/2015

O secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Vinícius de Souza, participou em Toronto, no Canadá, do Congresso Mundial de Biotecnologia Industrial (BIO), evento que discutiu o futuro da biotecnologia e reuniu executivos das principais empresas do setor, especialmente as de bioquímica e biocombustíveis.

Marcos Vinícius participou do painel que discutiu os avanços da biotecnologia industrial no mundo, e destacou os avanços alcançados pela indústria brasileira de biocombustíveis e bioquímicos, setores que hoje são reconhecidos mundialmente por sua excelência. "O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis e é também o segundo maior mercado consumidor, com produção de etanol de 28,5 bilhões de litros e a de biodiesel de 3,4 bilhões de litros em 2014. Aumentamos muito o investimento em inovação nestes setores. Empresas brasileiras, com apoio do BNDES e da Finep trabalham agora no desenvolvimento do etanol de segunda geração, que é fabricado a partir do bagaço ou da palha de cana, permitindo aumento na produção sem ampliação da área plantada", afirmou.

Para as empresas presentes no evento, o secretário destacou que o Brasil oferece linhas de crédito para indústria de biotecnologia se instalarem no País. "Queremos desenvolver pesquisa nesse seguimento, produzir e comercializar produtos elaborados a partir do bagaço da cana de açúcar", disse.

O painel contou ainda com a participação de Terry Branstad, governador do estado norte-americano de Iowa; Pramod Chaudhari, presidente da Praj Industries Limited; Barend Verachtert, vice-diretor da Unidade de Biotecnologia da Comissão Europeia; e Bernardo Silva, presidente da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial; Tyler Whale, president da Ontario Agri-Food Technologies.

Oportunidades do Setor

Durante a palestra, Marcos explicou para o público estrangeiro que todos os postos de gasolina do Brasil têm bombas com etanol e que o consumidor escolhe, de acordo com o melhor preço, se quer abastecer seu carro com gasolina ou etanol. "O mercado brasileiro de etanol é bastante desenvolvido", disse, esclarecendo que, "de acordo com dados da indústria automotiva, 90% dos veículos leves fabricados no Brasil são bicombustíveis e já são mais de 20 milhões de veículos flex rodando no País". Marcos Vinícius ainda ressaltou que em junho deste ano, "os brasileiros abasteceram seus carro com mais etanol do que gasolina".

O etanol brasileiro é fabricado a partir da cana de açúcar e hoje o grande resíduo dessa indústria é o bagaço da cana. Segundo dados da indústria sucroalcooleira brasileira, em 2014, foram produzidos mais de 160 milhões de toneladas de bagaço. "Nós sabemos que um terço desse volume é aproveitado na produção de energia. Porém, o restante é subaproveitado. Sabemos também que esse produto pode ser a base da produção do etanol de segunda geração ou ser aproveitado com biomassa para a fabricação de outros produtos", explicou.

Fonte: MDIC

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