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Publicado em 29/06/2015
Um teste sensorial com mandioca, batata doce, feijão e milho biofortificados inseridos na alimentação escolar do município de Itaguaí, no Rio de Janeiro, apontou que esses alimentos são tão aceitos quanto os convencionais. A pesquisa foi realizada em julho de 2014 após a merenda escolar, no qual os alunos expressaram o grau de satisfação ou insatisfação da refeição oferecida.
Responderam o questionário 327 crianças com idades entre 4 e 12 anos, matriculadas no Ensino Fundamental em horário integral de três escolas municipais de Itaguái (E.M. Santa Rosa, E.M. Pedro Antônio Aguiar e E.M. Renato Gonçalves Martins). Os entrevistados pertenciam predominantemente às classes D e E, residentes de zona rural, e mantinham uma dieta habitual marcada pela presença de alimentos básicos como o arroz, feijão, leite, pão, frutas, verduras e legumes.
No teste, o feijão e o milho biofortificados alçaram os maiores índices de aceitação entre as crianças com 89,2% e 92,2% respectivamente. Ressalta-se que os participantes preferiram o bolo de milho biofortificado ao convencional.
A pesquisa integrou a dissertação de mestrado intitulada "Aceitação de Produtos Agrícolas Biofortificados na Merenda Escolar do Município de Itaguaí- RJ", tendo sido defendida por Carolina Claudio de Oliveira Silva, no Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 30 de abril de 2015. A dissertação contou com a orientação da pesquisadora Rosires Deliza, do Laboratório de Análise Sensorial e Instrumental da Embrapa Agroindústria de Alimentos. "O resultado do estudo sugere que a biofortificação constitui uma alternativa viável para este município, e traz benefícios para a escola, para os alunos e para as famílias, contribuindo com a melhoria da qualidade nutricional das crianças", afirma Carolina Silva, que é bolsista da Rede BioFORT.
Desde 2010, Carolina Claudio é responsável pelas avaliações de aceitabilidade e experimentos em produtos biofortificados no município de Itaguaí-RJ pela Rede BioFORT. Essa rede deenvolve a biofortificação de alimentos no Brasil, coordenado pela Embrapa, para diminuir a desnutrição e garantir alimentos com maior teor de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente. A biofortificação é resultado de um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas. Esse método também é conhecido como melhoramento genético convencional.
Fonte: Embrapa
Os alimentos biofortificados são muito mais do que fontes de nutrientes, eles são poderosos aliados no combate a doenças. Esses alimentos estão se tornando biortificados, graças à ajuda da biotecnologia. A visão de futuro para a indústria agrícola e florestal de "inovação em plantas com propriedades nutracêuticas" tem como base uma tendência forte dos consumidores de investir de forma preventiva em sua saúde. Este novo mercado é altamente promissor e abre um largo campo de desenvolvimento em biotecnologia.
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