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Publicado em 02/03/2015
Os benefícios da Dieta Mediterrânica para a saúde fazem parte da sabedoria popular, mas agora investigadores do IBET extraem compostos de alimentos como o figo da Índia, a maçã Bravo de Esmolfe, a cereja, o agrião, entre muitos outros, que possuem capacidades antioxidante, anti-inflamatória, anticancerígena, antidiabética, proteção cardiovascular e neuroprotecção.
Maçãs, cerejas, figo da índia, azeite, vinho, peixe, hortícolas, são alguns dos alimentos que compõem a dieta mediterrânica. Alguns destes alimentos estão a ser estudados na Unidade Food and Health, do Instituto de Biologia Experimental Tecnológica (IBET), em Oeiras.
Sob a coordenação da cientista Catarina Duarte, uma equipe de pesquisadores, para além de caracterizar os produtos, extrai e identifica os compostos bioativos e desta forma aumenta o conhecimento sobre os benefícios para a saúde de alguns dos produtos da dieta mediterrânica.
Catarina Duarte explica que no grupo de trabalho é realizada a extração de compostos com atividade biológica só a partir de processos limpos e a partir dessas matrizes e depois fazemos a formulação de forma que fiquem disponíveis para poderem ser utilizados, tanto na indústria alimentar para formular produtos funcionais, alimentos funcionais que estão muito na moda.
Mas também "na indústria cosmética, porque há uma grande tendência para haver gamas de produtos funcionalizados com estes extratos naturais e os produtos mediterrânicos são muito atrativos como imagem, e depois na parte farmacêutica, aqui mais ligada aos fitofarmacêuticos, portanto, aos suplementos alimentares e tudo o que é a parte de bioatividade mas relacionada com extratos naturais", adianta a cientista.
O figo da índia ou opuntia foi um dos produtos estudados pelos investigadores. Neste caso, utilizaram figos da India provenientes do Alentejo e verificaram que o sumo apresenta uma capacidade antioxidante três a quatro vezes superior ao sumo de laranja.
Utilizando um processo de digestão Gastrointestinal in vitro, também verificaram que a capacidade antioxidante se continua a manter após a digestão. Os cientistas verificaram que o figo da índia é uma boa fonte em nutrientes, nomeadamente, proteínas, vitaminas E e K e minerais como o ferro, cálcio, magnésio e potássio.
Já os principais fitoquímicos identificados pelos cientistas foram: ácido piscídico, ácido ferúlico, glucósidos de isora-metinas e beta-lainas. Outras das particularidades deste fruto é possuir corante natural que pode vir a ser utilizado na indústria farmacêutica em xaropes infantis e na indústria cosmética.
As maçãs foram outros dos frutos estudados pelos cientistas do IBET, neste caso, o trabalho considerou mais de vinte variedades de maçãs.
Teresa Serra, pesquisadora do Laboratório Nutracêuticos, do IBET, explica que "o objetivo era valorizar maçãs tradicionais portuguesas, não só a maça Bravo de Esmolfe, mas outras variedades que são só cultivadas na região da Beira interior", neste sentido, analisávamos mais de vinte variedades, dentro destas variedades tradicionais portuguesas e variedades que foram introduzidas no nosso país como a Golden, a Starking a Gala".
Segundo a pesquisadora, o objetivo foi avaliar através dos reconhecimentos dos efeitos benéficos para a saúde, em termos de compostos bioativos, de fibras e também a nível dos efeitos antioxidante e ao nível da saúde cardiovascular.
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Fonte:TV Ciência
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