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Publicado em 12/02/2015
As cultivares de batata BRS IPR-Bel e BRS Ana, da Embrapa, destacam-se pela adaptação às diversas regiões do país; elevado rendimento para processamento, tanto na forma de chips como de batata palha; alto potencial produtivo e rendimento de tubérculos comerciais com características de qualidade para a industrialização.
Antonio Bortoletto, analista da Embrapa Produtos e Mercado, unidade responsável pela comercialização e inserção de tecnologias produtos e serviços da Embrapa no mercado, explica que, devido à adaptação das variedades nas diferentes regiões de cultivo de batata no país, será possível a sua utilização e adoção tanto por pequenas, médias ou grandes indústrias.
Já foi realizado um teste de fritura no laboratório, cujo resultado foi um sucesso, segundo profissionais das cooperativas e da indústria.Como parte do processo de promoção das cultivares, foram enviados cerca de 2.200 kg de tubérculos comerciais de Canoinhas, SC, para testes de fritura na linha de produção da Yoki, indústria parceira.
A opinião de produtores técnicos e da indústria
"Com estas variedades, estamos dando um passo à frente para obtermos estabilidade na bataticultura", disse Tsutomu Massuda, presidente da Cooperativa Unicastro, parceira na pesquisa destas cultivares de batata há três anos. É fato que agricultura é uma atividade de alto risco e sujeita a diversos fatores surpresa como clima, aumento dos preços, de insumos, política cambial e econômica, marcos regulatórios trabalhistas e ambientais, enfim, todos esses fatores que fazem com que a produção de batata busque constantes mudanças, minimizando o risco e administrando custos em busca de modelos sustentáveis para a cadeia da bataticultura, refletiu o presidente da cooperativa.
No caso da batata existe ainda a forte dependência na importação de sementes, por isso, é imprescindível o trabalho que vem sendo feito pelos órgãos de pesquisa como Embrapa e Iapar em parceria com o produtor e a indústria para atender melhor o nosso consumidor, enfatiza Massuda.
Após três anos de parceria com a pesquisa, instalando campos de teste nos produtores da Unicastro, o desempenho das cultivares no campo e no processamento industrial tiveram resultados surpreendentes tanto no aspecto industrial, como nos aspectos agronômicos, com uma boa avaliação nos dados de aparência, cor, sabor e textura.
A equipe da nossa empresa tem acompanhado as mudanças que ocorrem com a globalização e as novas tecnologias no setor do agronegócio, por isso acredito que nessa parceria, nascem duas novas opções para a cadeia da bataticultura, as cultivares BRS IPR- Bel e BRS Ana, afirma o presidente da Unicastro.
Na avaliação dos técnicos da Cooperativa, as cultivares merecem destaque pela superioridade agronômica e qualidade industrial que agregam produtividade e resultados satisfatórios ao sistema, o que sinaliza o potencial de adaptação às condições climáticas da região produtora e a possibilidade de se tornarem comercialmente competitivas.
Para Luis Henrique de Carvalho, agrônomo da General Mills &Yoki, indústria de processamento de alimentos, que conheceu o manejo da variedade nacional BRS IPR-Bel, em Dia de Campo no ano passado, diz que *com estande no campo vigoroso é de encher os olhos, tanto de pesquisadores como dos representantes da indústria de fritura.
"Vimos o nível de resistência a pragas, doenças, a seca e, também a produtividade e formato de tubérculos. Observamos que a variedade analisada tem potencial inicial para boas práticas tanto no campo como no processamento", afirmou Carvalho.
No momento posso confirmar que os testes realizados na nossa indústria foram muito bons e que depositamos uma esperança muito grande na variedade BRS IPR-Bel e também na BRS Ana, analisa o representante da Yoki.
Os pesquisadores e produtores envolvidos no avanço destas novas variedades estão de parabéns, disse o agrônomo, pois, além de serem adaptadas ao nosso clima, elas têm potencial para alavancar o nível de fritura e a produtividade dos batatais por esse Brasil afora.
Fonte: Embrapa
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