O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 12/01/2015
Um consórcio internacional composto por 11 países – Brasil, França, Itália, Canadá, Alemanha, China, Espanha, Indonésia, Austrália, Índia e Estados Unidos – sequenciou, pela primeira vez no mundo, o genoma completo do café (Coffea canephora). Os resultados dessa pesquisa inédita estão publicados na versão online da revista científica norte-americana Science (Set/2014), da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), considerada, ao lado da Nature, uma das mais prestigiadas de sua categoria.
Para o pesquisador Alan Andrade, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e um dos coordenadores desse consórcio internacional, o sequenciamento permite a leitura do genoma de cada planta, o que possibilita prever o desenvolvimento de algumas características de interesse agronômico e acelerar o melhoramento genético do café. Em outras palavras, a elucidação do genoma pode ajudar a melhorar o aroma e o sabor da bebida ao permitir o desenvolvimento de novas variedades com melhor qualidade e mais resistentes à seca, a doenças e outros fatores químicos ou biológicos. Isso faz com que os custos diminuam e a produtividade aumente. Benefício para o produtor e também para o consumidor, que terá bebida de mais qualidade.
Antes desse sequenciamento do genoma do café canephora, Alan Andrade, em 2004, fez parte do grupo pioneiro no Brasil que sequenciou pela primeira vez o genoma funcional do café arábica e de outras espécies. O projeto gerou o maior banco de dados do mundo sobre genoma café, com 200 mil sequências de DNA. Hoje esse banco possui mais de 30 mil genes identificados e está à disposição das instituições participantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O sequenciamento do genoma funcional forneceu a base para os projetos atuais de sequenciamento genômico do cafeeiro.
Para falar sobre a pesquisa de genoma do café, Alan Andrade foi entrevista, graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras - UFLA (1990) e mestre em Agronomia (Fitotecnia) pela mesma Universidade (1994). Tem doutorado e pós-doutorado (1995/2002) em Molecular Genetics pela Wageningen University And Research Center, na Holanda. Alan foi coordenador do Núcleo de Biotecnologia do Consórcio Pesquisa Café no período de 2004-2008. Participa como pesquisador e membro do Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café - INCT-Café. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Análises Genômicas, atuando principalmente nos seguintes temas: Genômica Funcional do Cafeeiro e Mecanismos de Tolerância à Seca.
Leia a entrevista na íntegra aqui.
O pesquisador Alan Andrade, da Embrapa, fala sobre as pesquisas com o genoma do café feitas no Brasil, suas aplicações, vantagens e os benefícios para o consumidor final.
Assista o vídeo.
Fonte: Embrapa
Envie para um amigo