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Publicado em 09/01/2015
A deficiência de nutrientes, principalmente de ferro, zinco e vitamina A, tornou-se um dos maiores problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a carência de vitamina A, por exemplo, pode causar cegueira e é responsável pela morte de milhões de mulheres e crianças, majoritariamente na África e no sudeste asiático. A biofortificação (obtenção de alimentos mais nutritivos por meio de melhoramento genético) tem se mostrado uma estratégia eficiente e sustentável para enfrentar esse problema, já que oferece alimentos ricos em compostos importantes para a saúde humana em sua forma natural. O desenvolvimento de cereais com mais vitamina A pode contribuir no combate à deficiência dessa substância.
Um dos países mais afetados por esse problema decidiu investir na ciência para tentar resolvê-lo. Cientistas do Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola, financiados pelo governo de seu país, desenvolveram uma variedade de milho com mais betacaroteno (composto que, no organismo humano, se transforma em vitamina A). Por meio da reprodução assistida por marcadores moleculares, os pesquisadores expressaram o gene responsável pela produção do nutriente em linhagens de elite de milho. Depois de diversos cruzamentos, foi possível chegar a um cereal com 21,7 microgramas de betacaroteno por grama de milho, comparado a 2,6 µg/g na planta convencional. A pesquisa foi publicada na edição de dezembro da revista científica Public Library of Science (PLOS) One.
De acordo com a doutora Neuza Maria Brunoro Costa, conselheira do CIB – Conselho de Informações sobre Biotecnologia – a biofortificação é uma técnica por meio da qual é possível enriquecer alimentos com determinados nutrientes. É, portanto, uma estratégia para disponibilizar alimentos de melhor qualidade e aprimorar as condições de saúde da população. A biofortificação é possível por meio do cruzamento de variedades (melhoramento genético convencional) ou da introdução de genes de interesse (transgenia).
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