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Publicado em 23/10/2014
As microalgas são apontadas por especialistas como potenciais matérias-primas para a produção de biodiesel e outros produtos químicos, uma vez que apresentam grandes taxas de acúmulo de biomassa e de óleo e crescem de duas a dez vezes mais rápido do que plantas terrestres.
Um dos desafios para tornar esses organismos uma alternativa comercialmente viável para a produção de biodiesel é aumentar sua eficiência fotossintética, que é duas a três vezes inferior ao potencial do vegetal.
“O aumento da taxa de fotossíntese de microalgas para a produção de biodiesel tornou-se uma questão crucial na pesquisa em biocombustível”, disse Angela Pedroso Tonon, pesquisadora da divisão de Biociências do Los Alamos National Laboratory, dos Estados Unidos, à Agência FAPESP.
“Ao aumentar a capacidade de absorção de energia solar por esses organismos é possível elevar a fixação de CO2 [dióxido de carbono] e produzir maior quantidade de moléculas orgânicas, como carboidratos. Esses carboidratos podem ser transformados em proteínas, aminoácidos e, principalmente, óleos”, explicou a pesquisadora, que realizou mestrado e pós-doutorado com Bolsa da FAPESP.
Um grupo de pesquisadores do centro de pesquisa em microalgas do laboratório pertencente ao Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês) – do qual Tonon é integrante há três meses – desenvolveu e está cultivando cepas de microalgas geneticamente modificadas capazes de realizar fotossíntese com maior eficiência do que organismos selvagens (que não sofreram mudanças genéticas).
Os resultados do estudo foram relatados em um artigo publicado na revista Algal Research e apresentados por Tonon em palestra realizada no dia 10 de outubro na Advanced School on the Present and Future of Bioenergy, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Os resultados da comparação das cepas de microalgas geneticamente modificadas com as selvagens indicaram que elas apresentam melhor desempenho fotossintético e maior taxa de crescimento do que as cepas que não foram geneticamente modificadas”, afirmou Tonon.
O grupo de trabalho "Criação de Redes em Biotecnologia - Temática Microalgas", do projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense (Sistema Fiep - Observatórios Sesi/Senai/IEL) tem por objetivo criar uma rede proativa voltada para interlocução entre atores, tendo selecionado a temática microalgas para o projeto piloto da rede. Fazem parte deste grupo instituições como TECPAR, UTFPR, UP e Senai Paraná.
Leia a reportagem na íntegra aqui.
Fonte:FAPESP
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