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Publicado em 22/10/2014
Cientistas da Universidade de Wageningen, na Holanda, descobriram um gene que faz com que o tomateiro produza 20% a mais. Ao sequenciar o genoma de uma espécie selvagem da planta nativa da América do Sul, os pesquisadores descobriram no cromossomo 7 o gene CAB-13, que confere tolerância à luz contínua. Atualmente, pés de tomate expostos a mais de 16 horas diárias de luz sofrem danos que afetam a produtividade. O estudo foi publicado na revista científicaNature Communications.
O tempo que uma planta pode estar em contato com a luminosidade é um fator fundamental para seu desenvolvimento. Espécies como pimentas, alfaces e rosas, podem ser cultivadas sob luz contínua, o que reduz o tempo necessário para o crescimento do vegetal e aumenta a viabilidade econômica de seu cultivo. O gene CAB-13 permite a exposição do tomateiro a até 24 horas diárias de luz natural e artificial.
Uma vez identificada, a característica foi transferida para plantas comerciais de tomate por meio de cruzamentos. Testes mostraram que os híbridos cultivados em condições de 24 horas diárias de luz apresentaram produção até 20% maior quando comparados com as variedades comuns. Segundo o líder da pesquisa, Aarón Vélez-Ramírez, não houve alteração no gosto do fruto.
Outras espécies da família do tomate, a exemplo das petúnias e das batatas, podem se beneficiar dessa descoberta. Essas plantas também são fotossensíveis e poderão ter suas produtividades aumentadas se, por meio da engenharia genética, receberem o gene de tolerância à luz contínua.
Fonte: Nature Communications / CIB
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