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Publicado em 12/09/2014
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), instância colegiada responsável pela avaliação de biossegurança de transgênicos no Brasil, realizou no dia 04 de setembro, uma audiência pública sobre eucaliptos geneticamente modificados (GM). O objetivo da reunião foi discutir com a sociedade a segurança e os potenciais benefícios da liberação desta tecnologia, em análise pela comissão desde janeiro de 2014. A diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), Adriana Brondani, enxerga a possibilidade de aprovação do produto como uma oportunidade. “O Brasil possui uma legislação moderna, um processo de análise de biossegurança rígido e centros de pesquisa de excelência; temos todas as ferramentas para nos tornamos referência na área de biotecnologia”.
A árvore GM que está sendo avaliada pelos especialistas da CTNBio apresenta aproximadamente 20%
de aumento de produtividade em comparação com as variedades convencionais. A introdução de um novo gene, proveniente da Arabidopsis thaliana, planta-modelo muito usada em experimentos genéticos, reduziu de sete para cinco anos e meio o período entre plantio e colheita e aumentou o diâmetro do tronco e a altura da árvore. O gene inserido no eucalipto codifica uma das enzimas específicas que participam da formação química da celulose, a endoglucanase.
Números apontam que o setor florestal brasileiro é o responsável por 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Aproximadamente 4,6 milhões de pessoas estão empregadas no setor, quase 5% da população economicamente ativa do Brasil. O investimento em biotecnologia é uma das alternativas para manter o Brasil em uma posição de liderança nesse mercado.
Segurança e Benefícios
Cientistas acompanham as plantações experimentais da planta transgênica nos estados de São Paulo,
Bahia e Piauí desde 2006. Estudos de biossegurança indicam que o novo eucalipto não causa impactos ao
meio-ambiente e a outros vegetais quando comparado com a planta convencional. Do ponto de vista ambiental, uma vez que há
ganho de produtividade, a aprovação da tecnologia poderá acarretar em diminuição da área
plantada, reduzindo a pressão sobre as florestas naturais. Sob uma análise econômica, estudo da consultoria
Pöyry Silviconsult aponta que deve haver geração de empregos com a introdução do eucalipto
GM. A previsão é que 975 mil famílias sejam fixadas no campo e a renda dos produtores rurais seja incrementada
em até 30%.
Fonte: Com informações de CIB (Conselho de Informações sobre Biotecnologia)
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