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Publicado em 14/04/2014
No início do mês, entre os dias 2 e 3 de abril, viveiristas e técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) participaram de um curso sobre produção de mudas de espécies florestais nativas, promovido pela Embrapa Florestas (Colombo, PR). Cerca de 40 pessoas, de todo o estado do Paraná, estiveram presentes, contemplando representantes de todos os 20 viveiros do órgão estadual.
Os viveiros do IAP produzem atualmente quatro milhões de mudas nativas ao ano e, em alguns anos, chegam a produzir oito milhões. Com a regulamentação do CAR, um dos dispositivos do Código Florestal, a demanda deve passar para 10 milhões de mudas de espécies nativas por ano. “A adequação ambiental das propriedades rurais é uma demanda bastante forte atualmente, e quem lida com este assunto precisa estar atento às principais técnicas e metodologias de restauração ambiental”, afirma o coordenador técnico do curso, Emiliano Santarosa, da Embrapa Florestas. “A produção de mudas de qualidade é um item fundamental para o sucesso dos plantios de recuperação ambiental”, completa.
O curso funcionou como uma reciclagem para os participantes. “Queremos aperfeiçoar a produção de mudas nativas e identificar as novidades tecnológicas”, explicou Mariese Cargnin Muchalin, diretora de Restauração e Monitoramento da Biodiversidade do IAP. Para isso, o evento contou com teoria e prática. As palestras abordaram desde temas como seleção de matrizes para coleta de sementes, coleta e beneficiamento das mesmas, quebra de dormência, planejamento de viveiros e produção de mudas por via sexuada, até principais pragas e doenças em mudas. As técnicas de propagação tiveram destaque tanto na parte teórica quanto na prática, que foi realizada nas casas de vegetação da Embrapa Florestas e no viveiro do IAP.
Os participantes puderam aprofundar conhecimentos sobre propagação sexuada, que é quando a muda é produzida a partir de sementes, e também propagação vegetativa, quando são utilizadas partes de plantas para produção de mudas. Entre estaquia, miniestaquia, microestaquia, mergulhia e enxertia, foi a última que chamou mais a atenção. “Pude sanar muitas dúvidas sobre enxertia, os conhecimentos foram encaixando com o que fazemos na prática”, afirmou o viveirista Dirlei Fragoso.
Segundo Emiliano Santarosa, “a troca de experiências entre as instituições é fundamental. Da parte do IAP, ficam atentos às novidades tecnológicas para adoção em seu dia a dia e, para a Embrapa, também é uma forma de identificarmos demandas”. O curso faz parte do projeto “Florestas na propriedade rural: modelo de estratégias para transferência de tecnologia florestal”.
A busca por soluções alternativas e a capacitação de profissionais reforçam o fator crítico recursos humanos de algumas das visões de futuro do roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal, que vislumbra o desenvolvimento do setor de biotecnologia agrícola e florestal no Paraná.
Fonte: Embrapa
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