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Publicado em 11/04/2014
Se depender dos esforços da Embrapa Agroenergia, não vai demorar muito para que os veículos brasileiros
possam ser abastecidos com etanol derivado de microalgas. Na avaliação do consultor de Emissões e Tecnologia
da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, a utilização em
escala industrial dos organismos para a produção de biocombustíveis e produtos químicos, apesar
de não ser uma alternativa imediata, futuramente deve acrescentar um potencial fantástico ao mercado consumidor
de etanol.
“Embora existam empresas detentoras de tecnologias inovadoras para esse fim, há ainda desafios a serem vencidos,
especialmente quanto à competitividade comercial. O Brasil precisa investir mais nesse campo, pois temos perspectivas
favoráveis em termos de biodiversidade e de mercado e condições para assumir uma posição
de liderança científica e tecnológica. A Embrapa certamente ocupa um lugar de vanguarda nesse tema no
País,” explicou Szwarc.
Não é de agora que pesquisadores tentam extrair de algas,
combustível. As primeiras pesquisas sobre o tema aconteceram nos Estados Unidos, na década de 70, no auge da
crise do petróleo. Porém, os resultados não foram convincentes e os estudos foram engavetados. No Brasil,
a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desde 2012 coordena alguns projetos e a julgar pelos resultados,
o Centro de Pesquisa acredita estar diante da terceira geração de bicombustíveis, o 3G.
“Elas têm a menor possibilidade de competir com a agricultura de alimentos e são mais sustentáveis
do ponto de vista ambiental,” explicou o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Bruno Brasil. Segundo ele, as algas representam
uma opção para a redução de custos de produção, uma vez que elas seriam cultivadas
nas unidades industriais, em um processo que praticamente não terá custos.
“Vamos utilizar
como base a vinhaça e o gás carbônico que são passivos produzidos pelas usinas e aproveitar a grande
competência da Embrapa num âmbito do melhoramento genético,” esclareceu. Para a Embrapa, apesar de
os experimentos estarem no início, a expectativa é que logo se tenha avanços tecnológicos
mais rápidos nessa área.
O grupo de trabalho "Criação de Redes em Biotecnologia - Temática Microalgas", do projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense (Sistema Fiep - Observatórios Sesi/Senai/IEL) tem por objetivo criar uma rede proativa voltada para interlocução entre atores, tendo selecionado a temática microalgas para o projeto piloto da rede. Fazem parte deste grupo instituições como TECPAR, UTFPR, UP e Senai Paraná.
Fonte: Embrapa
Fonte: Agrolink
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