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Publicado em 09/04/2014
Os produtores brasileiros de soja e de feijão são considerados referência mundial na utilização de bactérias para a fixação biológica do nitrogênio. Atualmente, estão ganhando um novo aliado para o aumento de produtividade e da sustentabilidade de seus sistemas de produção.
A Embrapa está lançando a tecnologia de coinoculação da soja e do feijoeiro, a qual consiste em combinar uma prática já bem conhecida dos produtores: a inoculação das sementes com bactérias deBradyrhizobium para a soja, ou Rhizobium para o feijoeiro ,com a inoculação com Azospirillum, uma bactéria até então conhecida no Brasil por sua ação promotora de crescimento em gramíneas.
A tecnologia foi desenvolvida em parceria com a empresa Total Biotecnologia e já tem o primeiro produto registrado no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para essa finalidade, o Azototal Max. A Total Biotecnologia é integrante dos grupos de articulação da Rota Estratégica em Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal, a qual faz parte do projeto Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense
Através de estudos conduzidos a campo com o Azototal Max, é possível avaliar que a coinoculação proporciona vários benefícios, tais como aumento da área radicular da planta, o que possibilita maior aproveitamento dos fertilizantes e até mesmo favorecer as plantas em situações de estresse hídrico. “A inoculação das sementes com rizóbios é uma prática sustentável que dispensa a adubação nitrogenada na cultura da soja e, total ou parcialmente, também na cultura do feijoeiro. É uma prática que deve ser feita anualmente, para garantir a maximização dos benefícios”. “Agora está sendo incorporado um novo microrganismo para complementar esse processo e trazer ainda mais benefícios para o produtor e para o meio ambiente”, explica Marco Nogueira, pesquisador da Embrapa Soja.
As pesquisas foram iniciados em 2009, para desenvolvimento da tecnologia de coinoculação da soja e do feijoeiro , culminando na recomendação da coinoculação como nova tecnologia para os sistemas de produção dessas duas culturas. “É uma tecnologia com excelente custo-benefício para o produtor”, explica César Kersting, da Total Biotecnologia.
Nos três primeiros anos foram conduzidos nove experimentos, em Londrina e em Ponta Grossa, PR. Os ensaios seguiram
o protocolo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa para avaliação de inoculantes
e tecnologias de inoculação, necessários para obter o registro de produtos e tecnologias e, também,
foram apresentados e aprovados em assembleia geral da RELARE (Reunião da Rede de Laboratórios para a Recomendação,
Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola), fórum
específico de pesquisadores e indústrias da área de inoculantes.
A nova tecnologia já
está disponível para o produtor e o primeiro produto com registro concedido pelo Mapa pode ser adquirido
na empresa Total Biotecnologia. Mais informações técnicas podem ser obtidas no site da Embrapa Soja e informações comerciais sobre o produto no site da Total Biotecnologia.
O roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal tem como uma das visões de futuro para a indústria paranaense tornar-se referência em biotecnologia para fitossanitários. Projetos e iniciativas desenvolvidas no Paraná que estimulam e priorizam reforçam esta visão de futuro, destacando o fator crítico de Pesquisa, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação e contribuindo para o desenvolvimento do setor agrícola no estado.
Fonte: Embrapa
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