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Publicado em 03/04/2014
A cadeia produtiva de madeira e móveis do Paraná entregou nesta terça-feira (25) à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) seu plano para implantação da logística reversa no segmento. Durante a solenidade, que contou com a presença do secretário Luiz Eduardo Cheida, lideranças dos dois setores destacaram que a elaboração do plano só foi possível graças à união entre os 11 sindicatos industriais que representam essa cadeia produtiva no Estado e à articulação do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
Paulo Roberto Pupo, presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira de Imbituva (Simadi) e coordenador do Conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep, ressaltou que os setores de madeira e móveis ainda não estão incluídos na obrigatoriedade legal de elaborar planos de logística reversa, o que por enquanto só foi exigido para outros segmentos. Mesmo assim, para se antecipar à questão e aproveitar todo o movimento liderado pela Fiep para implantação da política no Paraná, os empresários decidiram aderir ao programa. “O fato de não termos ainda a obrigatoriedade de fazer parte desse processo tornou o convencimento dos nossos empresários um pouco mais difícil, mas assim mesmo tivemos uma grande adesão”, declarou.
O plano da cadeia de madeira e móveis é o terceiro que sindicatos industriais paranaenses apresentam à Sema este ano. Os dois primeiros foram entregues em fevereiro pelo Sindicato das Empresas de Eletricidade, Gás, Água, Obras e Serviços do Estado do Paraná (Sineltepar) e por dez Sindicatos da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepa). Todos os planos foram elaborados com a consultoria do Senai no Paraná, dentro de um processo iniciado em dezembro de 2012, quando Fiep e sindicatos industriais paranaenses assinaram com a Sema termos em que se comprometiam a atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
A política instituiu, entre outros pontos, a obrigatoriedade da logística reversa – o caminho contrário que o produto faz após o seu consumo, passando por toda cadeia produtiva, voltando até o fabricante, que lhe dará a destinação final ambientalmente correta. Ao longo de 2013, sob coordenação do Conselho Temático de Meio Ambiente e com apoio técnico da Gerência de Fomento e Desenvolvimento da Fiep, foram realizadas diversas reuniões setoriais para definir cronogramas e estratégias para a implantação da logística reversa em diferentes segmentos industriais do Estado.
Para o secretário Luiz Eduardo Cheida, a parceria entre Sema e Fiep na condução dos trabalhos relativos à logística reversa no Estado e os primeiros planos apresentados devem servir de modelo para o restante do país. “Esse plano com certeza absoluta nos garante não apenas a tranquilidade de que estamos avançando e fazendo certo, mas também que possamos mandar para o Brasil as experiências que estamos tendo aqui”, afirmou.
Ações
Luiz Fernando Tedeschi, presidente do Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná (Simov), também destacou a grande adesão dos sindicatos e empresários da cadeia produtiva nas reuniões setoriais. Para ele, o fato de o segmento ter se antecipado à obrigatoriedade legal mostra que os empresários estão conscientes de que a logística reversa veio para ficar. “Essa é uma trajetória sem retorno, dentro de um processo que vai gerar melhorias para toda a sociedade”, declarou.
O plano elaborado pela cadeia de madeira e mobiliário apresenta um panorama desses dois setores no Estado, composto por aproximadamente 5 mil empresas, que empregam 85 mil trabalhadores. O documento aponta quais são os principais resíduos gerados pelas atividades e traz uma série de metas a serem alcançadas para a efetivação da logística reversa. Também apresenta um cronograma de ações – a serem implantadas de imediato ou em curto, médio e longo prazos – para que as empresas se envolvam no processo.
Para Pupo e Tedeschi, um dos principais mecanismos para o sucesso da logística reversa do segmento será a implantação de centrais de coleta e processamento de resíduos provenientes das indústrias. Uma dessas centrais já existe em Arapongas, principal polo moveleiro do Paraná. “A criação de centrais são fundamentais. Queremos aproveitar a capilaridade que o setor tem em todo o Estado para buscar parceiros e financiadores para a instalação dessas centrais”, disse Pupo.
A entrega do plano de logística reversa da cadeia de madeira e mobiliário aconteceu no Campus da Indústria, sede do Sistema Fiep no Jardim Botânico, em Curitiba, durante reunião do R20, grupo coordenado pela Sema que reúne representantes de 86 municípios paranaenses responsáveis por 90% do lixo gerado no Estado. Também participaram da solenidade, entre outras autoridades, o assessor da presidência e consultor do Conselho de Meio Ambiente da Fiep, Irineu Roveda Junior, e o coordenador de resíduos sólidos da Sema, Laerty Dudas.
Fonte: Agência FIEP
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