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Publicado em 02/04/2014
O Cerrado brasileiro é considerado hoje uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo e referência internacional em produtividade, com destaque para soja e milho, cuja produtividade é superior à média brasileira. Mas a alta produção nas últimas safras agrícolas tornaram-se possíveis com a correção da acidez dos solos da região e a adição de fertilizantes de forma adequada, já que os solos do Cerrado são naturalmente de baixa fertilidade. E o fósforo (P) é um dos nutrientes mais importantes e essenciais para as plantas, assim como o nitrogênio (N) e o potássio (K). O fósforo é utilizado tanto para aumentar a produtividade das culturas em solos deficientes como para manter a alta produtividade em solos não deficientes desse nutriente.
O pesquisador Djalma Martinhão explica que o uso do fósforo nas lavouras do País é ineficiente. “Calcula-se que a planta utiliza cerca de 46% do que é aplicado. Estamos mostrando que, com um bom sistema de preparo do solo, com uma rotação de cultura adequada, e utilizando plantas de cobertura dá para ter uma eficiência acima de 90%”, afirma. Já se comprovou, por exemplo, depois de sucessivos cultivos, ganhos em produtividade de soja e milho ao se utilizar o sistema de plantio direto - possivelmente pelo não revolvimento do solo. Com isso, aumenta-se o teor de matéria orgânica principalmente nas camadas superficiais, local em que está localizado o fertilizante fosfatado.
Estudos envolvendo fertilizantes fosfatados são conduzidos na Embrapa Cerrados desde 1975. Um dos destaques da pesquisa,
que vem sendo constatado nos últimos anos, é a possibilidade de alterar a forma de aplicação do
fertilizante que tradicionalmente é aplicado no sulco de semeadura no momento do plantio das culturas. Os resultados
das pesquisas estão demonstrando que é possível utilizar fertilizantes fosfatados a lanço sem
reduzir a produtividade da soja e do milho. Mas, para que essa mudança seja adotada no campo, é necessário
que o solo esteja corrigido. Um dos ganhos dessa tecnologia é a simplificação do manejo das culturas.
Ao adubar a lanço, o produtor ganha tempo, com a possibilidade de antecipar a adubação. Na época
do plantio as máquinas são utilizadas só com essa finalidade, não havendo necessidade de paradas
sucessivas para recarregá-las com adubo. E uma das principais vantagens da tecnologia é possibilitar a sucessão
de culturas, especialmente soja precoce e milho safrinha, considerada muito vantajosa para o sistema produtivo.
Fonte: Embrapa
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