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Publicado em 27/02/2014
Cientistas ligados à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão trabalhando no desenvolvimento de um novo tipo de soja geneticamente modificada que resista às secas. No entanto, segundo Alexander Nepomuceno, pesquisador da Embrapa e um dos responsáveis pela pesquisa, ainda não se tem uma data determinada sobre quando esse tipo de tecnologia estará disponível para a produção.
A investigação se inscreve nos esforços do Brasil para crescer no setor dos transgênicos e é realizada em parceria com diversas instituições japonesas. Atualmente estão sendo realizadas "provas de campo" para observar sua evolução e comprovar a resistência dos novos cultivos.
Esse tipo de soja geneticamente modificada poderia aumentar notavelmente a produção do cultivo no Brasil, um dos poucos países do mundo no qual se podem realizar duas colheitas anuais. No entanto, a região Sul - principal produtora de soja do país - sofre com frequência secas que reduzem a produção.
Os planos dos pesquisadores preveem que assim que acabar a investigação da patente fique nas mãos da instituição e, assim, "poder formar várias empresas para que comercializem o produto final", apontou Nepomuceno. Segundo o chefe de Transformação de Tecnologia da Embrapa, Alexandre José Catellán o preço será mais baixo. Também destacou que o processo de pesquisa "é muito caro" por isso é necessário que exista um "retorno econômico", razão pela qual venderão essas tecnologias às empresas comercializadoras.
O Brasil, hoje o segundo produtor mundial de transgênicos, conta com a Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), responsável pela aprovação de qualquer produto geneticamente modificado lançado ao mercado. O organismo, colegiado e multidisciplinar, presta apoio técnico consultivo ao governo federal e será o responsável último de autorizar o novo produto que poderia situar ao Brasil à frente da produção transgênica de soja.
Assim, o Brasil se soma à corrida iniciada pelas grandes multinacionais na busca de um produto que poderia revolucionar o mercado e também outorgar um notável avanço na pesquisa transgênica mundial.
Uma das visões de futuro do roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal vislumbra tornar o Paraná referência em genética e melhoramento genético. A grande produção de transgênicos no Brasil e o desenvolvimento de novas espécies e novas tecnológicas impulsionam o setor agrícola no país como um todo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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