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Publicado em 13/02/2014
O Paraná deve fechar 2014 com uma carteira de R$ 30 bilhões em projetos enquadrados no programa de incentivos Paraná Competitivo. As negociações em andamento, se confirmadas, devem representar entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões em investimentos privados no estado nesse ano.
Entre 2011 e 2013, o programa atraiu R$ 26 bilhões entre protocolos para novas fábricas e enquadramento de empresas que estão fazendo ampliações. Em número de protocolos, o setor do agronegócio lidera, com 28,2% do total, seguido pelos setores de alimentos e de papel e celulose, cada um com 7,2%, e pelo de autopeças (6,4%), segundo levantamento feito pela Secretaria da Indústria, do Comércio e de Assuntos do Mercosul a pedido da Gazeta do Povo. Somente no ano passado foram anunciados protocolos de intenções no valor de R$ 2,2 bilhões. Em 2012, foram R$ 2,4 bilhões.
A previsão do governo é anunciar a vinda de mais empresas para o Paraná nas próximas semanas. Uma delas é de uma indústria de cimento, que deve aportar R$ 700 milhões em uma fábrica na região metropolitana de Curitiba. A fabricante japonesa de pneus Sumitomo anunciou, há alguns dias, que pretende investir mais R$ 1 bilhão na fábrica que inaugurou em Fazenda Rio Grande, na região de Curitiba, que já havia recebido cerca de R$ 750 milhões. A empresa vai passar a montar também pneus de carga.
Outros projetos na área automotiva e de autopeças também estão em negociações, segundo o secretário da Indústria e Comércio, Ricardo Barros. “Trabalhamos com estimativas. Claro que parte disso que está sendo negociado pode, eventualmente, não ser confirmado. Mas os investimentos estão acontecendo em todo o país e estamos otimistas com o ano que começou”, diz. Segundo Barros, 2014 deve seguir com um cronograma aquecido de investimentos, mesmo com as eleições.
Ampliação
Entre os novos empreendimentos confirmados em 2013, destacam-se a fábrica de cimento da Companhia Vale do Ribeira (CVR), em Adrianópolis, um investimento de R$ 518 milhões; a ampliação da linha de produção da Volkswagen (R$ 670 milhões) e a da Audi (R$ 504 milhões) em São José dos Pinhais. Até agora, o maior investimento anunciado foi a da Klabin em Ortigueira, na região dos Campos Gerais, que soma, em valores atualizados, R$ 6,8 bilhões. A nova fábrica deve produzir 1,5 milhão de toneladas por ano a partir de 2015. A companhia está investindo outros R$ 230 milhões para a modernização da fábrica de Telêmaco Borba, na mesma região.
Incentivo fiscal não é mais decisivo
Apesar de ainda ser o principal chamariz dos estados para atrair investimentos, os incentivos fiscais vêm perdendo peso na hora das empresas decidirem onde investir. “As empresas sabem que não adianta ter incentivo se não tiver mão de obra qualificada e boa infraestrutura de logística. Hoje o incentivo é, muitas vezes, um critério de desempate, mas já não tem o mesmo peso que teve há dez anos. É uma forma de um estado se proteger da concorrência”, diz Clecio Chiamulera, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF).
O investidor está atento principalmente a questões macroeconômicas e de credibilidade do país e também a condições como mão de obra, qualidade de vida e localização geográfica dos estados, pontos que garantem vantagem acima da média ao Paraná, segundo Chiamulera.
Fonte: Gazeta do Povo
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