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Publicado em 12/02/2014
Considerada por especialistas como nova disciplina científica, a Nutracêutica resulta da combinação dos conceitos de “nutrição” e “farmacêutica”. A disciplina, criada por Stephen DeFelice em 1989, também é resultado de estudos em componentes fitoquímicos presentes nas frutas, legumes, vegetais e cereais, ervas, folhas, raízes ou Plantas Medicinais, e cascas de árvores. O objetivo é descobrir seus benefícios à saúde e possíveis curas de doenças do mundo moderno.
A farmacêutica Mona Lisa Bevilacqua explica que os nutracêuticos vêm ganhando força nos últimos anos, com as recentes descobertas sobre seus benefícios em relação à saúde. Destaca que como terapia complementar, os nutracêuticos têm demonstrado grande utilidade, principalmente no manejo de doenças complexas e de difícil tratamento, como é o caso de inúmeras desordens metabólicas e neuropsiquiátricas. Segundo a especialista, nutracêuticos são alimentos ou compostos ativos de alimentos com função de tratamento e prevenção de doenças cientificamente comprovados. Apresentam mecanismos de ação definido, provocando alterações no sistema biológico.
São exemplos de nutracêuticos as vitaminas, minerais, fibras dietéticas, proteínas, peptídeos, aminoácidos, antioxidantes e os ácidos graxos poli-insaturados. “Consumidos na forma de cápsulas, sucos ou shakes em dose de reposição, com finalidade terapêutica para suprir a necessidade do organismo. Em relação à dose utilizada dos nutracêuticos, é importante ressaltar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que regulamenta esse setor, disponibiliza portarias e resoluções com o Índice Diário Recomendado. Ele mostra as quantidades que devem ser ingeridas diariamente para atender às necessidades nutricionais de indivíduos saudáveis, bem como as doses máximas toleradas de ingestão, ou dose máxima segura para o uso do indivíduo, sem causar efeitos indesejáveis, com o objetivo de tratar doenças”, esclarece a farmacêutica.
A especialista ressalta que os suplementos alimentares, encontrados em farmácias e drogarias, são para indivíduos saudáveis, enquanto os nutracêuticos estão disponíveis somente para ser manipulados em farmácias, adotando doses para o tratamento de doenças. “Os estudos clínicos controlados determinam a dose eficaz, segura e bem tolerada e, também, avaliam os mecanismos de ação dos nutracêuticos. Grande destaque nesse mercado para o tratamento de obesidade e sobrepeso, diabetes, síndrome metabólica, hipotireoidismo, distúbios osteoarticulares, doenças dermatológicas, estados depressivos, ansiedade, insônia, déficit cognitivo e doenças neurodegenerativas”, completa Mona Lisa.
Fonte: Jornal da Manhã
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