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Publicado em 21/01/2014
Recentemente foi lançado pela editora Springer o livro Plants and Bioenergy, o qual busca oferecer um panorama sobre os avanços científicos recentes alcançados. Superar a dependência global e secular de petróleo é um desafio que vai requerer um novo paradigma de pesquisa em bioenergia para o século 21.
A obra é fruto de um evento realizado em São Pedro, em 2010, sob a coordenação de Marcos Silveira Buckeridge, professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol – um dos INCTS apoiados pela FAPESP no Estado de São Paulo. Buckeridge dividiu a edição do livro e a organização do evento com outros dois professores da Purdue University.
“Realizamos no México, em 2008, o primeiro Congresso Pan-americano sobre Plantas e Bioenergia, com o objetivo de fomentar a colaboração científica na área. A partir de então, o evento se tornou bienal. A segunda edição foi no Brasil; a terceira, nos Estados Unidos; e em julho de 2014 haverá outra no Canadá”, disse Buckeridge.
O primeiro congresso deu origem ao livro Routes to Cellulosic Ethanol, focado apenas em pesquisas relacionadas à produção do etanol de segunda geração e lançado pela Springer em 2010. A proposta deste segundo livro da série, porém, é ser um apanhado mais amplo sobre os estudos relacionados à bioenergia, abrangendo desde os aspectos políticos e econômicos até estudos genéticos para melhoramento de culturas como o sorgo e métodos de processamento da biomassa.
A primeira parte da obra, intitulada “Economia da Bioenergia”, discute temas como uso sustentável da terra e a potencial competição entre produção de alimentos e de bioenergia. Também aborda as perspectivas futuras para o etanol de primeira geração e as incertezas políticas relacionadas à segunda geração. Trata ainda do cultivo de algas tanto para a obtenção de combustíveis como de outros bioprodutos.
A “Biologia da Biomassa” é o tema da segunda parte do livro, que traz estudos genéticos voltados a transformar plantas como o sorgo, a camelina, ou as árvores do gênero Salix (chorões) em alternativas comercialmente viáveis à cana-de-açúcar e ao milho na produção de etanol.
A terceira e última parte da obra, intitulada “Processamento de Biomassa”, aborda tanto os estudos de enzimas e pré-tratamentos voltados a degradar a parede celular e abrir a biomassa para possibilitar a produção de etanol celulósico, como também o uso da biomassa em biorrefinarias para obtenção de compostos químicos de alto valor agregado.
Os resultados apresentados por Buckeridge são frutos de pesquisas realizadas no âmbito do INCT do Bioetanol e também de um Auxílio à Pesquisa Regular apoiado pela FAPESP.
A Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal, em atendimento ao fator crítico P & D, Tecnologia & Inovação, promove a articulação entre os atores do setor de bioenergia. Pesquisadores e empresas do setor se reúnem para discutir ações que possam alavancar o setor e tornar o Paraná provedor de soluções em bioenergia. A publicação de livros e artigos científicos reforça a ação estruturante de difundir as melhores técnicas e alternativas disponíveis em relação à produção de Bioenergia.
Mais informações aqui.
Fonte: FAPESP
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