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Publicado em 08/01/2014
A transformação da biomassa em combustível é um processo complexo. No caso da cana-de-açúcar, principal matéria-prima estudada para esse fim no Brasil, são necessários processos que quebrem a biomassa ligonocelulósica em açúcares simples, fermentáveis. Tais operações são executadas por sofisticados complexos enzimáticos, obtidos a partir de diversos tipos de microorganismos. .
A biodiversidade brasileira pode ser uma das soluções para tais dilemas biotecnológicos. Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) encontraram no trato intestinal de larvas do besouro crisomelídeo, uma nova espécie de levedura do gênero Pseudozyma capaz de metabolizar açúcares de cinco carbonos e de secretar uma enzima de interesse (xilanase) em grande quantidade.
Esta classe da enzima possui alto potencial biotecnológico, podendo ser utilizada na degradação da fibra do bagaço da cana para a conversão de etanol de segunda geração, bem como na indústria de papel, alimentícia e de ração animal. Também serve à produção de xilitol e xilooligossacarídeos.
O estudo que levou à identificação da nova espécie de levedura foi iniciado há dois anos. Sete tipos diferentes de insetos que atuam como pragas da cana-de-açúcar foram coletados em canaviais de Ribeirão Preto. Os pesquisadores decidiram sequenciar o genoma da levedura devido ao seu potencial biotecnológico e ao ambiente singular em que foi isolada. Este conhecimento é fundamental para a elaboração de modificações genéticas no microrganismo capazes de melhorar suas características biotecnológicas.
Fonte: CTBE
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