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A nova aliada do etanol brasileiro

Publicado em 09/12/2013

Novozymes investirá em enzimas que atuam na produção de etanol de segunda geração.

A empresa Novozymes, fabricante dinamarquesa de enzimas, prevê dobrar seu faturamento na América Latina até 2020, em um crescimento puxado pelos projetos de produção de etanol de segunda geração no Brasil. A receita da empresa na região em 2012 foi de US$ 200 milhões e o Brasil é o mercado mais importante.

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            para ampliarA localização da novo fábrica dependerá da demanda e das parcerias firmadas com a empresa (Foto: Novozymes)

O responsável da área de biomassa da Novozymes na América Latina afirma que o etanol de segunda geração é uma das principais apostas da empresa no mundo, sendo o Brasil é a maior aposta nesta área. Atualmente a empresa tem uma fábrica em Araucária (PR) para outro tipo de enzima, usada principalmente pela indústria de higiene e limpeza.

A companhia já decidiu que construirá uma unidade no Brasil no ano que vem para produzir enzimas desenvolvidas para o etanol de segunda geração. O novo combustível é gerado a partir da conversão do bagaço e da palha de cana, em um processo químico catalisado pela enzima.

O investimento para a nova fábrica será de cerca de US$ 300 milhões e deve entrar em operação até 2017. A Novozymes quer integrar a produção à fábrica de um parceiro para economizar energia e reduzir o custo logístico. "A localização depende do parceiro que vamos escolher. Pode ser um cliente ou fornecedor de matéria-prima", disse Blandy.

A Novozymes já assinou contratos com Raízen e Granbio, que vão inaugurar suas primeiras unidades em 2014. Petrobrás, Odebrecht e Copersucar também estão avaliando projetos na área e a Novozymes tem conversado com todas elas. Desta forma, o tamanho da fábrica depende de quantas parcerias a empresa irá fechar.

Segundo estimativas da Airbus A frota necessária para atender o mercado brasileiro será três vezes maior do que a atual em 2032. Hoje 480 aviões com mais de cem lugares são usados por empresas nacionais e estrangeiras para voos que chegam ou partem do Brasil, um número que, se a Airbus estiver certa, saltará para 1.325 em 2032. Para o vice-presidente da Airbus na América Latina, Rafael Alonso, a retração na oferta de voos no País é um fenômeno de curto prazo, que será revertido.

Leia a seguir a entrevista com Alonso:

Por que a Airbus prevê um crescimento tão grande na frota brasileira?

O País vai demandar mais aeronaves por várias razões. A classe média continuará a crescer nos próximos anos e a tendência é que a oferta de voos seja ampliada. Existem muitas oportunidades para voos dentro da América Latina. Na Europa, as 20 maiores cidades são ligadas por voos diretos e diários. Na América Latina, muitas delas nem são conectadas. Hoje não existe, por exemplo, um voo direto de Brasília para Lima.

Mas as aéreas brasileiras cortaram voos neste ano. Isso afetou a Airbus?

Não. É um movimento normal. As empresas não compram aviões todo ano. Este ano elas não compraram, mas continuaram a receber. A tendência no médio prazo é de aumentar o tráfego na região.

O governo quer estimular voos regionais no Brasil, mas essas rotas usam aviões menores que os da Airbus, como jatos da Embraer. Como vocês vão atuar nesse mercado?

Nossa estratégia é fazer aviões maiores que 120 lugares. Não vamos concorrer com a Embraer. O nosso grupo, a EADS, é dono da ATR, que tem aviões menores para disputar esse mercado. Mas os voos regionais trazem novos passageiros para a aviação. Tudo que gera tráfego é positivo para nós.

Fonte: O Estado de São Paulo

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