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Publicado em 26/04/2013
Microrganismos já são peças-chave na produção de etanol e devem ganhar papel cada vez mais relevante na produção de outros biocombustíveis. Com o objetivo de reunir e divulgar conhecimentos sobre esse tema, a Embrapa Agroenergia publicou o livro “Microrganismos na produção de biocombustíveis líquidos”.
O lançamento aconteceu no dia 24/04, em Brasília, na solenidade de comemoração dos 40 anos da Embrapa. Além de profissionais da instituição publicadora, a obra tem, como autores, técnicos da Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Instrumentação, Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília e Universidade Federal do Ceará. A editora técnica é a engenheira química Cristina Machado, pesquisadora da Embrapa Agroenergia.
O etanol, biocombustível mais utilizado no Brasil e no mundo, é obtido por meio da fermentação, processo em que microrganismos consomem o açúcar do caldo da cana, transformando-o no álcool que abastece os automóveis – diretamente ou misturado à gasolina. Agora, o setor busca novas linhagens de fungos e bactérias que sejam capazes de degradar a parede celular de espécies vegetais ou fermentar açúcares de diferentes tipos para inserir nas usinas matérias-primas lignocelulósicas, tais como bagaço de cana, capins e resíduos de espécies florestais.
Pesquisadores estão trabalhando também para inserir os microrganismos na fabricação de biodiesel, utilizando as enzimas geradas por eles como substitutas dos catalisadores químicos empregados na reação de transesterificação. Fungos, bactérias e microalgas ainda podem ser empregados na produção de biocombustíveis que estão em fase de pesquisa e desenvolvimento, como o biobutanol e o bioquerosene de aviação. “A utilização cada vez mais ampla de microrganismos poderá contribuir significativamente no alcance da tão almejada diminuição da dependência de derivados fósseis. Ao explorar a diversidade microbiana e utilizar técnicas de biologia avançada, tanto para a melhora de seu desempenho nos processos quanto na descoberta de novos insumos, um leque enorme de possibilidades é aberto, não só no campo dos biocombustíveis, mas também no da química verde”, ressalta a pesquisadora Cristina Machado.
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