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Publicado em 03/04/2013
Com investimentos em fontes de captação renováveis e leis de apoio ao setor, a balança de energia importada e exportada teve saldo positivo de 22,8 TWh (terawatts-hora) no ano passado, quase quatro vezes maior que os 6 TWh registrados em 2011 e o equivalente a 1,4 bilhão de euros para os cofres alemães (leia aqui).
Nos últimos dois anos, a Alemanha desligou oito dos 22 reatores nucleares que possui – os demais deverão ser desativados até 2022. Mesmo assim, os níveis gerais de produção de eletricidade foram mantidos. No ano passado, a quantidade de energia renovável gerada cresceu 23% em comparação com 2011. Só a partir dos cerca de 1,3 milhão de sistemas fotovoltaicos espalhados pelo país, foi gerada energia elétrica para oito milhões de casas em 2012. Segundo a Associação da Indústria Solar Alemã, a produção de energia elétrica através das placas fotovoltaicas aumentou em 45% em 2012.
Conforme informação pessoal do Dr. Thomas Amon, especialista na utilização de resíduos agrícolas para a produção de bioenergia e seus subprodutos, o biogás vem contribuindo com uma boa parcela desta energia renovável, parcialmente proveniente de pequenas propriedades rurais e parcialmente de projetos de grande porte (Fonte: Observatórios Fiep/Sesi/Senai/IEL).
Apesar dos números positivos, a Alemanha ainda enfrenta dificuldades para mudar a matriz energética. No inverno, a oferta de energias alternativas diminui, e o país fica mais dependente da produção de eletricidade a base de gás e carvão, ambos prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, as tecnologias para armazenamento de energia renovável ainda são incipientes.
Decidir mudar a matriz energética do país, além disso, vem pesando no bolso do consumidor. Desde o começo de 2013, a energia está mais cara para os alemães. O preço de cada quilowatt-hora aumentou 47%. Ao considerar o orçamento de uma família de três pessoas, a energia elétrica custará, em média, cerca de 185 euros a mais por ano.
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