Bagaço de cana como fonte alternativa de energia

Publicado em 21/01/2013

A utilização do bagaço de cana para produção de etanol celulósico, ou etanol de 2ª geração, como também é chamado, vem sendo amplamente pesquisada e divulgada nos últimos anos. Em tempos de escassez de energia, devida principalmente à falta de chuvas que reduziram a capacidade de produção das hidrelétricas do país, especialistas do setor sucroalcooleiro afirmam que o bagaço de cana pode ser uma fonte de energia alternativa.

O entrave principal parece ser mais estrutural do que para a produção em si. Um grande número de usinas de cana já é autossuficiente no fornecimento de energia, justamente pelo uso do bagaço de cana para produção de energia. A disponibilização desta energia para o mercado, no entanto, é dificultada pela falta de investimento público, que faz com que apenas 90 usinas consigam vender o excedente para o sistema nacional. "Mesmo assim, o que é vendido representa 5% do total consumido no país. Em plena capacidade de produção, todas as usinas juntas poderiam gerar 15.300 megawatts (MW), o equivalente a pouco mais de uma Itaipu", afirma Sérgio Prado, diretor da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Em comparação com as atuais fontes de energia (hidrelétricas e termelétricas), tem um custo menor, que apenas supera o custo da energia eólica.  

Com notícias de um "apagão de ânimo no crescimento", aproximadamente 10 anos após o último colapso do setor de energia elétrica do Brasil (2001), a busca por alternativas à energia gerada pelas hidrelétricas torna-se quase incontornável. Especialistas chamam a atenção sobre as consequências a curto e médio prazo, em especial no que se refere aos impactos de incertezas no setor energético sobre a disposição para investimentos no Brasil nos próximos anos. O engenheiro mecânico José Luz Silveira, coordenador do Laboratório de Otimização de Sistemas Energéticos da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), sugere que "...o que deve ser feito agora é ligar as termelétricas e planejar os próximos anos". 

Para mais informações leia aqui.