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Publicado em 22/10/2012
Grandes empresas brasileiras e centros de pesquisa renomados estão investindo fortemente na inovação do uso de subprodutos da produção de bioenergia.
Através da cooperação bilateral Brasil-Canadá e com apoio da FAPESP, está em andamento um projeto que investiga processos inovadores para a reciclagem dos resíduos da produção de biodiesel e seu uso na indústria de material elétrico e outras aplicações. Alguns resultados do projeto foram apresentados e discutidos com uma plateia de pesquisadores brasileiros e canadenses presentes ao primeiro simpósio da FAPESP Week 2012, em Toronto, Canadá, em 17 de outubro. O projeto tem por objetivos principais desenvolver processos para recuperação de resíduos da produção de biodiesel, usar o glicerol bruto, um dos resíduos da produção de biodiesel, como plastificante na indústria de papel e obter compostos de amidos termoplásticos com PVC reciclado para moldagem, por injeção, de material elétrico e bioplásticos. Além das aplicações tradicionais, há novas aplicações possíveis para o uso do glicerol, como a produção de ração animal, propeno para plásticos, aditivos anticongelantes para uso em radiadores de automóveis.
Seguindo esta tendência, a Embrapa Agroenergia firmou um acordo de cooperação com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Já estão em andamento projetos de pesquisa para aproveitamento da biomassa na geração de produtos químicos de fontes renováveis. Dentre as oportunidades estão o uso da glicerina para geração de produtos químicos por meio de microrganismos ou a obtenção de nanofibras de celulose a partir dos cachos vazios de dendê, que poderiam, então, ser utilizadas como reforço da borracha natural. Para a Abiquim, o acordo vai facilitar a aproximação entre as empresas associadas e a instituição de pesquisa.
Outro exemplo para investimento em inovação no setor de bioenergia é o investimento na produção de etanol celulósico. Obtido a partir da biomassa de cana-de-açúcar, em 2014 será inaugurada a primeira usina brasileira de etanol de segunda geração. Além da utilização do resíduo da indústria canavieira, a empresa proprietária está desenvolvendo uma nova variedade, a “Cana Energia”, com uma produtividade muito superior à cana comum. A primeira colheita industrial está prevista para 2015. Até lá, serão usadas sobras de palha e bagaço de usinas.
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