Documento do MAPA apresenta dados sobre a Ferrugem Alaranjada

Publicado em 05/03/2012

A primeira citação de Puccinia kuehnii como agente causador de Ferrugem na cultura da Cana-de-Açúcar tem registro no ano 1890 na Austrália, mas foi só no final da década de 1990 que o fungo revelou grande importância econômica para o setor açucareiro do país, atacando a cana-de açúcar e causando perdas estimadas em 24% na produção em toneladas de pó por hectare.

Passível de ser transmitida pelo vento, a ferrugem é uma praga que pode ser transportada nas roupas, calçados, veículos e movimentação de material vegetal. Em 2008, quando a praga era uma ameaça iminente, o Departamento de Sanidade Vegetal elaborou material técnico sobre a praga, com função de alerta, denominado  Ferrugem Laranja: Ameaça Iminente aos Canaviais Brasileiros, contendo informações importantes de prevenção e recomendando a diversificação do plantel varietal, estabelecendo-se um limite máximo de 15% de área por variedade plantada nos canaviais das unidades produtoras.

Maior produtor de cana do país, o estado de São Paulo registrou a Ferrugem na cana pela primeira vez oficialmente na região de Araraquara, em 2009. O primeiro foco de Ferrugem Alaranjada da Cana-de-Açúcar se manifestou de maneira bastante agressiva em uma pré-variedade CV 14 (Centaurus) do programa de melhoramento Canavialis em um campo de multiplicação de clones. De acordo com as informações disponíveis até o momento pelos levantamentos efetuados em São Paulo, as variedades RB72454, SP891115 e SP 842025 apresentaram sintomas significativos de ferrugem alaranjada. Para controle da Ferrugem Alaranjada, o Mapa está analisando algumas solicitações de registro de fungicidas à base de estrobirulina + triazol.

Em face da severidade da praga em determinadas variedades e da importância econômica que a cultura da cana representa para o país, espera-se que alguns desses produtos estejam registrados até o mês de março. Leia o documento do MAPA

Com informações de MAPA