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Publicado em 09/02/2012
Um detalhado levantamento publicado no dia 05 de fevereiro de 2012 na Revista Nature Climate Change, aponta para uma provável medida que impeça o desaparecimento de uma em cada quatro espécies de seres vivos que vivem em florestas, até o ano 2100. A pergunta que os responsáveis pelo estudo estão fazendo é se "conceder pagamentos a quem preserva intactas as florestas do planeta, realmente evitaria a extinção de plantas e animais?" Entre os pesquisadores está um brasileiro, que analisou os possíveis impactos do mercado de carbono para manter as florestas preservadas e livres de desmatamento e destruição, ações que emitem gases de efeito estufa, agravando o problema no planeta.
Em defesa do projeto, o estudo sobre o impacto do mecanismo que recompensa financeiramente países dispostos a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, emitidos pela destruição de florestas, chamado Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), aponta para a possibilidade de extinção em massa, se providências não forem tomadas, no sentido de implantação de um desembolso financeiro de compensação a quem preserva.
Nessa pesquisa foi utilizado um modelo de uso do solo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Internacional para Análises de Sistemas Aplicados (IIASA), da Áustria, que levou em consideração informações sobre distribuição das espécies e dados sobre a redução do desflorestamento evitado por meio do REDD.
O trabalho usou como base de estudo 4.514 espécies de mamíferos e anfíbios que dependem exclusivamente de florestas. Os resultados apontam para a extinção de até 27% deles apenas em consequência do desmatamento. Em outra análise focada em plantas e animais endêmicos, os pesquisadores viram que até 36 mil espécies seriam extintas até o fim do século se nada for feito contra o desmatamento.
Segundo o estudo, tanto mais espécies seriam preservadas quanto maiores forem os valores pagos por tonelada de gás carbônico absorvido pela floresta, se esta for mantida viva. No exemplo, se cada tonelada de gás carbônico que deixasse de ser emitida pela preservação das florestas custasse US$ 25, isso evitaria a extinção de 85% a 94% das espécies em um século e deixariam de ser emitidos 4,3 bilhões de toneladas do gás por ano até 2020. Como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) considera economicamente viável iniciativas de mitigação de até US$ 100, o número de espécies preservadas pode ser ainda maior.
Esse mecanismo sozinho não resolveria todos os problemas. A análise mostra que a REDD seria efetiva em evitar extinções em todo o planeta, mas algumas áreas, como a mata atlântica (do Brasil) e as florestas do sudeste asiático, demandariam esforços adicionais. Leia mais
Com informações de Agrosoft Brasil
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