Milho atinge novo status e sai da sombra da soja na safra 2011/2012

Publicado em 06/10/2011

O milho é um cereal nativo do Novo Mundo, sendo o terceiro cereal mais cultivado no planeta. Com origem no México e Guatemala, a espiga de milho mais antiga de que se têm notícias na história data de 7.0 a. C. Chamado de Teosinte, o milho ficou conhecido como "alimento dos deuses".

Atualmente o milho se tornou o resultado de seleções genéticas de alta produtividade e resistência a pragas, sendo uma das principais culturas mundialmente conhecidas, tanto para alimentação humana, quando animal. As pesquisas modernas, contudo, mostraram outras potencialidades da cultura. Os derivados de milho, como amido de milho, são atualmente o principal foco das indústrias que estão se instalando no Brasil. Com amido é possível obter diversos plásticos biodegradáveis, sendo que alguns deles desaparecem em apenas três meses, sendo o produto que poderia resolver o problema das sacolinhas plásticas de supermercados. Mas seu uso pode ainda ser pensado para filmes fotográficos, utensílios descartáveis, estufas agrícolas, tintas, indo também de peças de ferro fundido a peças usadas na aeronáutica, como manche de avião, passando pelos fármacos e pela indústria cosmética e de higiene, de sabonetes a detergentes. Além destes empregos, os derivados de milho ainda podem ser usados em inúmeras aplicações como a indústria de alimentos, conservantes de vinhos, leite industrializado e carnes, adoçantes, glicose e maltose de milho, além das tradicionais rações para pets suínos e aves.

Para o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho (Abramilho), ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, a cultura de milho vive um momento importante, em que se afirma como uma lavoura de vida própria, saindo "da sombra" da soja. Apesar dos altos preços que no momento comandam o mercado, a crescente demanda por alimentos passará a dominar a agroindústria brasileira. Ainda segundo Alysson Paolinelli, em médio prazo a agroindústria brasileira vai demandar milho para agregar valor à matéria-prima.

Ainda, nos próximos três anos, outra tendência da cultura de milho é a de recuperação de pastagens degradadas, segundo Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, localizada na região noroeste do Paraná.

Leia mais a respeito das empresas envolvidas na industrialização do amido e seus planos no Paraná.

Com informações de Revista Globo Rural