Publicado em 02/11/2015
Por Aline Bortoluzzi
A denominação Indústria 4.0 surgiu juntamente como o conceito de “Internet das coisas” designado, em 2011, na Feira de Hannover, como parte da estratégia de alta tecnologia da do governo alemão. Após passar por três grandes revoluções industriais, a mecanização, a produção em massa e a automação, pode-se vivenciar agora, a virtualização dos sistemas produtivos.
Hoje, países em desenvolvimento como o Brasil, estão aos poucos, convergindo suas indústrias para essa tendência. A partir dessa necessidade e demandado pelo Grupo de Trabalho “Graduação em Engenharia Automotiva UFPR”, os Observatórios Sesi/Senai/IEL realizou, em o Workshop Volkswagen: Indústria 4.0 e Fábrica Digital, 26 de outubro, em Curitiba.
Os especialistas destacaram que, apesar do grande valor investido neste tipo de reformulação de uma fábrica, o retorno é altamente benéfico. Com tecnologias como, por exemplo, simulação com realidade aumentada e tour virtual dentro fábricas, é possível identificar e corrigir falhas previamente no processo produtivo, como situações de desperdício, falha ergonômicas para os trabalhadores entre muitas outras, colaborando para maior produtividade.
Sandra Zimermann, gerente de processos na Volkswagen do Brasil, apresentou o projeto “Fábrica Digital”, onde a planta da fábrica está passando por um processo de transformação. “Para as simulações registradas na fábrica digital brasileira o investimento foi de R$ 12 milhões para um retorno de R$ 120 milhões”, e acrescenta a estatística de aumento de até 30% de produtividade nas empresas que implementaram o processo 4.0.
O case na planta da Volks em Taubaté, chamou a atenção do público, onde puderam identificar, com simulação de fluxo produtivo e logística, 296 interferências, entre falhas estruturais, ergonômicas, focos de desperdícios e outros.
Em uma análise econômica mais abrangente, a Siemens, instituição referência em processos 4.0, softwares e ferramentas para inovação industrial, trouxe dados para esta aplicação. Com o processo de digitalização de um país, é possível impulsionar 0,75% do PIB per capita e reduzir 1% na taxa de desemprego, explicou Marcelo Rodrigues, gerente de contas estratégicas da Siemens.
Respondendo às indagações do GT Graduação em Engenharia Automotiva – UFPR, o Workshop também trouxe o novo perfil profissional que deve ser formado, multidisciplinar e, principalmente, com competências para a automação inteligente e interligada.
Na mesma linha, a necessidade de parceria com universidades para estudos relacionados à gaps de tecnologia e também constituição dos laboratórios deste curso, que almeja parceria entre Universidade-Indústria, seguindo a tendência 4.0.
Para mais informações sobre o Grupo de Trabalho e a Graduação, entre em contato pelo email: observatorios.setorautomotivo@fiepr.org.br
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