Publicado em 14/05/2013
Os trabalhadores do primeiro turno da fábrica da Volvo em Curitiba (PR) retomaram as atividades na segunda-feira, 13, após paralisação da produção por um dia, na sexta-feira, 10, como protesto e rejeição da proposta da empresa para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 30 mil e de 3,5% de aumento real de salário. Funcionários do segundo turno votariam a nova proposta no fim da tarde da segunda-feira.
A proposta dos metalúrgicos previa PLR de R$ 22 mil, com o adiantamento da primeira parcela no valor de R$ 12.500 em maio, aumento real de 3,5% mais abono salarial de R$ 8 mil para setembro e reajuste do vale mercado de R$ 239 para R$ 350 por mês. A reivindicação dos metalúrgicos também prevê que as negociações de PLR e Data Base, que é em setembro, sejam separadas.
Nesta manhã, por meio de voto secreto, os funcionários do primeiro turno aprovaram a nova proposta da montadora – que manteve os R$ 30 mil de PLR e o aumento de 3,5% no salário – adicionando o pagamento da primeira parcela para este mês no valor de R$ 19 mil e o reajuste do vale mercado em R$ 350 por mês.
De acordo com o Rubens Cieslak, especialista em educação corporativa da Volvo, a votação secreta deu mais clareza às decisões do sindicato. “Nossa proposta foi rejeitada por 200 votos de um total de 40% dos funcionários que estavam presentes durante a assembleia”, afirmou à equipe de Automotive Business durante o 1º Fórum RH da Indústria Automobilística, realizado na segunda-feira, 13, em São Paulo.
Por meio de sua assessoria, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou que a assembleia para votação do segundo turno está prevista para começar às 16h30. Se aprovada a proposta, as negociações seriam encerradas e os funcionários retornariam ao trabalho, como no primeiro turno.
A fábrica da Volvo em Curitiba emprega 3 mil funcionários, além dos 1,2 mil na área administrativa. A unidade produz diariamente 43 caminhões pesados, 74 caminhões leves e 9 chassis de ônibus. A montadora abastece o mercado interno e externo, como Chile, Uruguai, Paraguai e México.
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