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Publicado em 26/09/2013
A primeira edição do Simpósio da Rota Agroalimentar: Industrialização de Alimentos Orgânicos ocorreu no último dia 20, no auditório do Mercado Municipal de Orgânicos da cidade de Curitiba-PR.
O evento contou com a presença de Rogério Pereira Dias representando o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento onde atua na Coordenação de Agroecologia (COAGRE). Nesta palestra abordou o tema “Eixos temáticos na Produção de Alimentos Orgânicos: Meio Ambiente, Economia e Desenvolvimento Social”.
Em seu discurso Rogério contextualizou a evolução: da agricultura orgânica, da comercialização, regulamentação e industrialização de alimentos orgânicos. Segundo ele o início da busca de uma organização brasileira pela agricultura alternativa ocorreu em meados dos anos 80 e, a partir dai, marcos de grande importância para este seguimento foram acontecendo em ciclos de 10 anos.
Em 1993 foi criado o primeiro grupo de trabalho brasileiro para regulamentação de produtos orgânicos. A primeira norma brasileira sobre essa categoria de produtos foi publicada em 1999: a Instrução Normativa nº 7. Assim então, foi constatado que para novo avanço do tema era necessária a criação de uma Lei e em 2003 foi aprovada a Lei 10.831 para a agricultura orgânica.
Atualmente está em pauta o lançamento do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (download) que surgiu dos princípios e políticas relacionadas a essas duas frentes que se convergem. Segundo Rogério o Plano contempla 134 iniciativas e é um grande avanço, pois reflete o compromisso do Governo com a temática.
Rogério Dias comentou que “Nos anos 80 o que se via eram feiras com produtos orgânicos, o marco legal possibilitou um salto no processo de industrialização. Hoje se vê uma grande diversidade de produtos e, também, a preocupação com a qualidade, rotulagem e imagem desses produtos que estão competindo de maneira equivalente com os produtos industrializados tradicionais”.
Quanto à industrialização de produtos orgânicos o palestrante enfatizou que a legislação propiciou o investimento nesse setor e dois fatores foram marcantes para isso: regras claras e legislação bem definida e o fortalecimento do mercado interno.
Segundo Rogério: “Hoje a sociedade é mais esclarecida quanto aos problemas ambientais. A industrialização traz essa preocupação para a população urbana, não somente as pessoas do campo”.
Na conclusão de sua palestra Rogério Dias enfatizou que o Plano Nacional abrange toda a sociedade, não só quem está no campo: “Muitas vezes a informação que chega à população em geral é mal trabalhada. Por isso é fundamental o investimento em educação, para que as pessoas saibam de onde vem o que estão consumindo e conheçam todo o processo de formação do produto. Só assim continuaremos avançando em processos de produção orgânica”.
O palestrante Rogério Dias também participou do painel que teve como tema o Sistema Brasileiro de avaliação de Conformidade Orgânica, Rastreabilidade e Segurança de Alimentos.
Neste Painel ele destacou a credibilidade que a certificação oferece e sua importância como mecanismo de defesa da sociedade, uma vez que a legislação brasileira enfatiza a importância do controle social. Rogério Dias comentou que as denúncias de consumidores e de produtores são muito importantes para fiscalização da conformidade orgânica, também enfatizou que esse sistema participativo do Brasil tornou-se referência em outros países.
Produtores agrícolas, políticas de desenvolvimento e a certificação de produtos orgânicos - assuntos abordados por Rogério Dias - são fatores críticos da Visão 4, Referência em Produtos Orgânicos, contidas no Roadmapping da Indústria Agroalimentar. O Roadmap foi elaborado pelo projeto Rotas Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense, acompanhe neste blog setorial os avanços deste projeto.
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Fonte: Observatórios
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