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Publicado em 06/12/2013
O último dia do 1º Fórum de Agricultura dos países do CAS (Conselho Agropecuário do Sul) contou com uma Conferência de Mercado com o tema "comércio agrícola, uma visão da demanda".
A equipe técnica do Observatórios esteve presente e fica aqui um extrato do segundo dia bem como uma avaliação geral do evento.
Tom Lin Tan, diretor da esmagadora chinesa Hopefull Group, apresentou a crescente necessidade de importação de commodities para suprir a demanda chinesa, tanto para alimentação como para produção de alimentos como a carne suína, uma vez que o país é o maior produtor desta proteína animal, mais de 50% da produção mundial.
Segundo Tom com a nova política econômica, que muda algumas regras da política de 1 filho, a demanda chinesa irá aumentar consideravelmente e o país tem dificuldades de produção devido, principalmente, a escassez de água e terras.
Essa situação coloca os países da América Latina em destaque, pois ainda há muito a se explorar na produtividade de grãos.
A situação da oferta para os países sul-americanos não é tão confortável, apontou Seneri Paludo. A partir de agora, será mais difícil incrementar a produção sem incorporar novas áreas, considerou. “A meta é elevar a produtividade da casa de 50 para a de 59 sacas/hectare na próxima década”.
Em sua avaliação,Senreni comentou que a safra de plantação iniciada há dois meses com perspectivas de produção de 88 milhões de toneladas agora pode atingir 90 milhões de toneladas, com esse número o Brasil pode ultrapassar os Estados Unidos como maior produtor de soja mundial.
Tabaré Aguerre, o ministro da Agricultura do Uruguai, reforçou que o mercado nos países em desenvolvimento emite estímulo cada vez maior à produção de proteína e as reflexões sobre as tendências tornam-se decisivas porque determinarão até que ponto a América do Sul se beneficiará desse cenário.
O 1º Fórum de Agricultura mostrou que estamos em um momento decisivo para ordenar a expansão do agronegócio, o Brasil e mais cinco países vizinhos alcançam uma visão clara sobre a demanda global por alimentos. Com mais áreas disponíveis, dentre esses países, o Brasil assume a liderança nas discussões sobre expansão da colheita.
Como extrato foram observados 5 grandes desafios para o setor do agronegócio como um todo nos países do CAS.
1)Integração
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai têm a necessidade de elaborar ações conjuntas para o setor, dentro e fora da porteira. Produção, escoamento, e políticas de cooperação devem estar na pauta dos seis países que compõem o bloco após o Fórum.
2)Tecnologia
Apesar dos ganhos em rendimentos por hectare, o agronegócio sul-americano acumula déficit de produtividade de 52% em relação ao seu potencial tecnológico. A difusão de tecnologia entre os países é uma das estratégias para que o bloco diminua esse gap.
3)Sustentabilidade
A região tem a maior disponibilidade de terras agricultáveis e água do planeta, mas também deve ser impactada pelas mudanças climáticas. Ou seja, terá de elevar a produtividade e estabilizar a oferta de alimentos usando menos recursos naturais.
4)Mercado
A América do Sul precisa assumir a ponta das negociações com nações importadoras para deixar de ser tomadora de preços e passar a ter maior influência na formação das cotações internacionais e se consolidar como a grande fornecedora para o mundo.
5)Logística
A consolidação da região na liderança das exportações depende em boa medida da eficiência logística. Infraestrutura de portos, estradas, ferrovias e hidrovias deve ser planejada de forma conjunta pelos seis países.
Giovane Ferreira, da Gazeta do Povo, encerrou o evento dizendo sobre a importância da comunicação no setor do Agronegócio e destacou que o 1º Fórum de Agricultura proporcionou “ informação, conhecimento e relacionamento”.
Fonte: Observatórios e Gazeta do Povo
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