Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Bagaço da cana abre frente para produção de polímero verde

Publicado em 05/10/2012

Unicamp e Instituto alemão desenvolvem "polímero verde" a partir de resíduos da indústria

 Uma parceria entre Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp e o Instituto alemão Leibniz de Engenharia Agrícola, abre as perspectivas para o desenvolvimento de um novo polímero totalmente biodegradável. 

clique para ampliar clique para ampliarPesquisadora Giselle de Arruda (Foto: Antônio Scarpinetti)

O estudo conduzido pela pesquisadora Giselle de Arruda Rodrigues em sua tese de Doutorado, obteve um microrganismo eficiente capaz de converter os açúcares presentes no bagaço da cana em ácido lático, um composto químico com alto valor agregado e com uma alta versatilidade de aplicações dentro da indústria. Através da manipulação biotecnológica foi possível converter o ácido lático em polilactato (PLA), este capaz de substituir os plásticos derivados do petróleo.

 Acido Lático

Historicamente, o ácido lático foi descoberto pelo químico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) no século XVIII a partir de pesquisas com o leite talhado. Na indústria, a sua produção é comumente obtida com microrganismos que atuam na fermentação dos açúcares presentes no leite e seus derivados. As propriedades acidulantes, capazes de deixar certos alimentos com gostos azedos, tornaram o ácido lático indispensável na indústria alimentícia, principalmente para os queijos, iogurtes, refrigerantes, sucos artificiais e cervejas.

Neste contexto, o ácido lático tem sido muito utilizado também para a produção de compostos como o PLA. Este polímero possui muitas vantagens do ponto de vista de processos industriais por possuir atributos como transparência, brilho, resistência mecânica, termorresistência e biodegradabilidade, como relata a engenheira de alimentos Giselle Rodrigues.

Para a produção de PLA, o ácido lático é obtido a partir de açúcares de seis carbonos encontrados no melaço da cana-de-açúcar no Brasil e no amido do milho nos Estados Unidos, sendo esta a primeira vez, no entanto, que se obtém o ácido lático a partir de açúcares de cinco carbonos presentes no bagaço da cana.

  Bagaço da cana - fonte renovável

Segundo a pesquisadora, "o desafio é não usar o melaço da cana ou o amido do milho nesta produção. Fica difícil pensar em produzir, por exemplo, sacolas plásticas destas de supermercados a partir de uma matéria-prima que pode servir na alimentação humana. O ácido lático obtido do bagaço - uma fonte renovável - não irá competir com o fornecimento de alimentos e pode, ao mesmo tempo, ser utilizado para a produção de materiais biodegradáveis".

  O Instituto alemão que possui características pluridisciplinares e usa a biotecnologia para a produção de alimentos, recebeu a pesquisadora e possibilitou que durante sua pesquisa fosse selecionado dentro do seu rico banco de microrganismos a bactéria utilizada no estudo - a cepa Bacillus coagulans 162.

 A pesquisa demostrou que o Bacillus coagulans 162 testado produziu ácido lático com 99% de pureza. O microrganismo também apresentou ótima eficiência, próxima a 90%, chegando a acumular mais de 100 gramas/litro de ácido lático em fermentação semicontínua. "Tal bactéria se destacou em produtividade e eficiência nos testes sequenciais que incluíam procedimentos de fermentação em biorreator", confirma a pesquisadora.

 Os estudos foram financiados por meio de acordo bilateral entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) , Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Científico (CNPq).

 Informações de Jornal da Unicamp

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube