Uma parceria entre a nossa empresa e o Ministério da Economia, Trabalho e Habitação de Banden-Württemberg, na Alemanha, organizou na última semana o Simpósio Internacional: Indústria 4.0 – Paraná e Baden-Württemberg com a presença de vários empresários, brasileiros e alemães, que debateram sobre os caminhos necessários para se enfrentar os desafios dessa nova fase de revolução industrial que traz novas tecnologias.
Os especialistas que participaram do evento - que aconteceu em Curitiba, Maringá e Londrina - revelam que um dos grandes desafios que o Brasil precisa superar para ingressar de fato na indústria 4.0 é a qualificação profissional para os cargos da indústria.
Para o diretor do Conselho Temático de Política Industrial, Inovação e Design da Fiep, Rodrigo Martins, a Indústria 4.0 não é só um conceito, mas uma tendência natural de evolução tecnológica das indústrias, com repercussão social e econômica, porque afeta o ganho de produtividade das empresas que adotam esse tipo de automação. Quando se fala em aumentar a qualificação profissional, segundo Martins, isso tende a trazer melhor qualidade tanto no trabalho quanto para a renda do empregado da indústria.
“A gente está falando de um nível de tecnologia importante, e automaticamente, se você tem mais qualificação, aumenta a renda do trabalhador”, explica. O diretor diz ainda que a criação de novos postos de trabalho e o aperfeiçoamento dos já existentes vão gerar uma migração no mercado de trabalho e as escolas de educação profissional terão papel importante nesse sentido. "Não só o Senai, o próprio Sesi, a academia, o IEL PR têm uma responsabilidade grande sobre esse tipo de formação, e as universidades de uma maneira geral estão se atentando a isso”, diz.
Preparação
Para desenvolver e suportar as indústrias 4.0, o Senai já vem se preparando e já possui plena capacidade técnica para dar sustentação às empresas, assim como o Sesi na área de qualidade de vida, e o IEL, na formação de lideranças, possuem um papel importante nessa nova realidade da indústria que chega ao país.
Na opinião do gerente da empresa alemã Landesnetzwerk Mechatronik, Volker Schiek, um dos grandes desafios que a nova revolução industrial traz é a complexidade. Ele dá como exemplo a Alemanha, que está atingindo um alto estágio de complexidade, do qual se faz necessário encontrar novos caminhos para revolvê-la. “Nós estamos falando de uma complexidade e de uma gestão de complexidade poupando recursos e favorável para o meio ambiente”. O gerente cita a cooperação entre diferentes regiões do mundo dentro desta nova realidade industrial. “Tudo tem que funcionar junto, seja em Stuttgart, seja em Curitiba. Nós temos diferentes pontos de vista, nós temos diferentes desafios, temos definições diferentes. E essas definições tem que combinar”, diz, sobre as alianças entre os países.
Estes e outros temas relacionados à tecnologia, que vem sendo considerada a 4.ª Revolução Industrial, foram discutidos no Simpósio a fim de mostrar, de forma concreta, como implementar essas soluções em empresas industriais.
Vamos, juntos, contribuir para o desenvolvimento da Indústria!