O Movimento Nós Podemos Paraná, do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), e a Unimed Paraná realizam, a partir da próxima semana, uma série de encontros para levantar demandas e propor ações para as questões de saúde no Estado. Os Círculos de Diálogo pela Saúde reunião profissionais da área da saúde das prefeituras e secretarias municipais, médicos da Unimed, ONGs e representantes de conselhos da área da saúde e serviço social, além de empresários.
"O Paraná é destaque ao promover ações efetivas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Apesar dos avanços, identificamos que deve haver um esforço ainda maior para que os ODM relacionados à saúde sejam alcançados em tempo hábil", afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, acrescentando que o Objetivo 5 (melhorar a saúde das gestantes) é o mais critico e difícil de ser atingido.
O primeiro Círculo de Diálogo pela Saúde será realizado em Paranavaí, dia 22 de julho. As inscrições podem ser feitas no site www.nospodemosparana.org.br. Os Círculos contam com o apoio das regionais da Secretaria Estadual da Saúde e da Associação dos Municípios do Paraná.
Segundo Marcelo Campos Silva, médico da sessão de Vigilância e Saúde da regional da Secretaria Estadual de Saúde em Paranavaí e vice-presidente da Unimed Paranavaí, a regional tem uma ideia razoável de onde estão os problemas e causas de óbitos maternos e infantis. "O que queremos agora é reunir diversos segmentos para sugerir projetos concretos, que ajudem a melhorar os indicadores da região", diz, ressaltando que boa parte dos problemas está na ineficiência do exame pré-natal e na falta de equipamentos.
Dados levantados pelo Observatório de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis), programa do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), apoiado pelo Sistema Fiep e pelo Sesi, mostram que, em 2006, a mortalidade de menores de cinco anos no Paraná, comparada a 1990, apresentou uma redução de 59%. No entanto, para alcançar a meta de 66,7%, deverá ser feito esforço nessa direção, pois, no último período (2005/2006), a redução foi abaixo da necessária.
A mortalidade materna representa o maior desafio para o Estado, pois apenas 41% da meta foram alcançados em 16 anos (de 1990 a 2006). Na região Noroeste, a mortalidade infantil reduziu 49% entre 1990 e 2006. Já a materna, apresentou redução de 39% na região, no mesmo período.
Quanto à aids, verifica-se tendência de redução do número de casos no Paraná a partir de 2002, com decréscimo de 2%, mas como o indicador utiliza o ano de diagnóstico, é necessário um longo período para avaliar o não-surgimento de novos casos.
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