Comunidades aprendem como conseguir recursos para projetos sociais

clique para ampliar Capacitação: projeto claro e objetivo pode render parcerias entre empresas e comunidade (Foto: Rede de Participação Política)

Moradores de bairros de Londrina, que integram o Projeto Político de Desenvolvimento das Cidades do Paraná, proposto pela Rede de Participação Política - iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), participaram, nesta quarta (1º) e quinta-feira (2), de um curso de elaboração de projetos para captação de recursos.

A intenção é capacitar a comunidade a buscar parcerias e saber como as ações, discutidas durante a metodologia do projeto de desenvolvimento, podem ser transformadas em programas e projetos. 

As comunidades dos bairros Jardim Maringá e Vila Recreio tiveram a oportunidade de aprender como planejar, prover e prever alternativas para que os objetivos dos moradores, em desenvolver o local, sejam atingidos e eles possam, desta forma, procurar parceiros interessados em alguma ação proposta.

"No curso, os participantes têm acesso aos conceitos, tipos e formas de captação de recursos, além das características das fontes de financiamento não reembolsáveis", explica Angelo Tadini, coordenador do curso.

Projetos incompletos, pouco claros, são apontados como a principal dificuldade encontrada por grandes fundações e institutos empresariais para financiar um projeto social. Passar uma ideia para o papel e deixa-la atraente para conseguir parceiros e recursos é tida como a vilã daqueles que procuram a ajuda de empresas ou do poder público na hora de viabilizar uma ação. O projeto para captação de recursos torna-se uma ferramenta de planejamento.

Na prática

Além dos moradores, duas psicólogas interessadas em promover ações nos bairros que integram o projeto de desenvolvimento local da Rede, também participaram da capacitação.

Mirian Berandrea pretende aplicar os conhecimentos adquiridos na oficina, para envolver as comunidades em cursos de terapia familiar com famílias de baixa renda. O trabalho voluntário também será desenvolvido nos bairros pela psicóloga Milene Thomas com palestras de como acabar com o bullying nas escolas públicas.

Os moradores do Jardim Maringá usaram uma das ações prioritárias, discutidas durante o Seminário Visão de Futuro, como exemplo durante o curso. Eles discutiram a questão da mobilização da comunidade para uma limpeza do bairro. Já os participantes da Vila Recreio levaram como modelo a construção de uma biblioteca comunitária na praça do bairro.

Para elaborar uma boa proposta é preciso ter conhecimento de como escrever um projeto capaz de mobilizar fontes que financiem estas ideias para que, assim, elas possam ser colocadas em prática.  

Desenvolvimento local

O Projeto Político de Desenvolvimento das Cidades do Paraná já foi implantado nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Londrina, Araucária, Fazenda Rio Grande e Reserva do Iguaçu, totalizando 26 diferentes localidades e mais de 45 mil pessoas envolvidas. Algumas ações planejadas durante os encontros do projeto já estão sendo executadas no bairro Ney Braga em Maringá, nas vilas Santana e Barreto em Ponta Grossa, no Jardim Santos Andrade em Curitiba e na Vila Recreio em Londrina.

A metodologia pode ser aplicada em qualquer localidade onde haja mobilização e interesse dos moradores em utilizar o projeto para a busca da melhoria da qualidade de vida no local.

As ações desenvolvidas pelos moradores e parceiros estão no site www.redeempresarial.org.br