clique para ampliar Professores da Unopar participam do Círculo de Diálogo (Foto: Livia Diniz) |
Qualidade de vida, inserção social e tecnológica são as principais linhas de ação
adotadas por projetos desenvolvidos por professores e alunos da Universidade do Norte do Paraná (Unopar) e que contribuem
para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). As iniciativas foram apresentadas nesta terça-feira
(19), em Londrina, durante o Círculo de Diálogo do Movimento Nós Podemos Paraná, que reuniu cerca
de 150 professores da Unopar.
“O Paraná deu início a este trabalho em 2006. No começo era
apenas um sonho, hoje virou realidade e nosso Estado virou referência no trabalho com os Objetivos do Milênio
em todo o país”, disse o coordenador regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná
(Fiep), em Londrina, Ary Sudan, que abriu o encontro.
Ele acredita ser possível alcançar os Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio desde que cada um faça sua parte. “Antes de mudar o mundo, temos que mudar
nossa casa, nossa rua, nossa cidade. Dessa forma, estamos contribuindo para o mundo, mas, sobretudo, para a qualidade de vida
da população”, destacou.
A pró-reitora de extensão da Unopar, Sonia França,
ressaltou que a universidade desenvolve uma série de projetos de extensão que tem como foco os ODM. “É
pelo viés da educação que pensamos qualquer forma de mudança no mundo. Todos passam pela educação
quando se fala em desenvolvimento. Os professores participantes do Círculo de Diálogo levarão as propostas
para a sala de aula e desenvolverão os projetos com os alunos.”
O Círculo de Diálogo é
uma das principais ações do Movimento Nós Podemos Paraná e do Conselho Paranaense de Cidadania
Empresarial (CPCE). São encontros locais, com a participação de especialistas, governo e comunidade,
para a definição de áreas prioritárias, metas de alcance, ações e projetos a serem
implementados.
Do encontro em Londrina, além dos projetos já existentes, surgiram propostas como capacitação
de professores para utilização de novas tecnologias da informação, visando a melhoria do ensino;
capacitação de professores para a utilização de ferramentas que motivem o interesse do aluno no
aprendizado; educação ambiental e turismo; reaproveitamento de equipamentos tecnológicos e destinação
a escolas carentes; uso do esporte como meio de cidadania; inclusão e garantia de direitos de mulheres e idosos; capacitação
de mulheres com enfoque na criação de uma rede de comercialização e cooperativismo; oficinas que
ensinem a reciclagem e formas de evitar o desperdício de alimentos em restaurantes; prevenção de doenças
de impacto epidemiológico, como HIV e dengue; atendimento à gestante e recém-nascido através de
acompanhamento médico.
A próxima etapa é a execução dos projetos. Estudantes e professores
que desenvolverem e aplicarem os trabalhos poderão receber certificação da United Nations Volunteers
Programme (UNV), programa de voluntários da Organização Nações Unidas – ONU. Os projetos
ainda passarão por uma avaliação para serem apresentados no 2º. Congresso Nós Podemos Paraná,
em outubro, em Curitiba.
Iniciativas locais – Professores e alunos do curso de Desenho Industrial
da Unopar desenvolvem, há cinco anos, o projeto “Reciclar recriando a vida”, que visa o resgate e inserção
dos adolescentes através de palestras e oficinas que reutilizam retalhos de tecidos na fabricação de
roupas, bolsas e estamparia. “Hoje, 80% dos jovens que participaram do projeto estão inseridos no mercado de
trabalho e voltaram a estudar. Duas jovens, inclusive, estão terminando o curso de moda na Universidade Estadual de
Londrina (UEL)”, afirmou Marina Única Morales, professora de Desenho Industrial e coordenadora do projeto.
Na
área da saúde, o departamento de enfermagem desenvolve o projeto “Idoso ensinando e aprendendo sua sexualidade”,
que leva à população idosa, informação e prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis e HIV. “Dados mostram a incidência de DST e AIDS tem aumentado na população
idosa, principalmente em mulheres casadas. Em 2008, trabalhamos com um grupo de 960 idosos, 90% mulheres. Dessas, 400 fizeram
o exame sorológico para o HIV de forma voluntária. Isso mostra que basta um pouco de informação
para provocar a ação”, comentou a professora de Enfermagem, Edilívia Dias de Mattos.
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