Nós Podemos Paraná - 19/05/2009

Londrina define qualidade de vida e inserção social como prioritários

Projetos desenvolvidos por professores e alunos da Unopar são apresentados no Círculo de Diálogo Nós Podemos Paraná. Iniciativas poderão receber certificação do programa de voluntários da ONU
clique para ampliar Professores da Unopar participam do Círculo de Diálogo (Foto: Livia Diniz)

Qualidade de vida, inserção social e tecnológica são as principais linhas de ação adotadas por projetos desenvolvidos por professores e alunos da Universidade do Norte do Paraná (Unopar) e que contribuem para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). As iniciativas foram apresentadas nesta terça-feira (19), em Londrina, durante o Círculo de Diálogo do Movimento Nós Podemos Paraná, que reuniu cerca de 150 professores da Unopar.

“O Paraná deu início a este trabalho em 2006. No começo era apenas um sonho, hoje virou realidade e nosso Estado virou referência no trabalho com os Objetivos do Milênio em todo o país”, disse o coordenador regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Londrina, Ary Sudan, que abriu o encontro.

Ele acredita ser possível alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio desde que cada um faça sua parte. “Antes de mudar o mundo, temos que mudar nossa casa, nossa rua, nossa cidade. Dessa forma, estamos contribuindo para o mundo, mas, sobretudo, para a qualidade de vida da população”, destacou.

A pró-reitora de extensão da Unopar, Sonia França, ressaltou que a universidade desenvolve uma série de projetos de extensão que tem como foco os ODM. “É pelo viés da educação que pensamos qualquer forma de mudança no mundo. Todos passam pela educação quando se fala em desenvolvimento. Os professores participantes do Círculo de Diálogo levarão as propostas para a sala de aula e desenvolverão os projetos com os alunos.”

O Círculo de Diálogo é uma das principais ações do Movimento Nós Podemos Paraná e do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE). São encontros locais, com a participação de especialistas, governo e comunidade, para a definição de áreas prioritárias, metas de alcance, ações e projetos a serem implementados.

Do encontro em Londrina, além dos projetos já existentes, surgiram propostas como capacitação de professores para utilização de novas tecnologias da informação, visando a melhoria do ensino; capacitação de professores para a utilização de ferramentas que motivem o interesse do aluno no aprendizado; educação ambiental e turismo; reaproveitamento de equipamentos tecnológicos e destinação a escolas carentes; uso do esporte como meio de cidadania; inclusão e garantia de direitos de mulheres e idosos; capacitação de mulheres com enfoque na criação de uma rede de comercialização e cooperativismo; oficinas que ensinem a reciclagem e formas de evitar o desperdício de alimentos em restaurantes; prevenção de doenças de impacto epidemiológico, como HIV e dengue; atendimento à gestante e recém-nascido através de acompanhamento médico.

A próxima etapa é a execução dos projetos. Estudantes e professores que desenvolverem e aplicarem os trabalhos poderão receber certificação da United Nations Volunteers Programme (UNV), programa de voluntários da Organização Nações Unidas – ONU. Os projetos ainda passarão por uma avaliação para serem apresentados no 2º. Congresso Nós Podemos Paraná, em outubro, em Curitiba.

Iniciativas locais – Professores e alunos do curso de Desenho Industrial da Unopar desenvolvem, há cinco anos, o projeto “Reciclar recriando a vida”, que visa o resgate e inserção dos adolescentes através de palestras e oficinas que reutilizam retalhos de tecidos na fabricação de roupas, bolsas e estamparia. “Hoje, 80% dos jovens que participaram do projeto estão inseridos no mercado de trabalho e voltaram a estudar. Duas jovens, inclusive, estão terminando o curso de moda na Universidade Estadual de Londrina (UEL)”, afirmou Marina Única Morales, professora de Desenho Industrial e coordenadora do projeto.

Na área da saúde, o departamento de enfermagem desenvolve o projeto “Idoso ensinando e aprendendo sua sexualidade”, que leva à população idosa, informação e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e HIV. “Dados mostram a incidência de DST e AIDS tem aumentado na população idosa, principalmente em mulheres casadas. Em 2008, trabalhamos com um grupo de 960 idosos, 90% mulheres. Dessas, 400 fizeram o exame sorológico para o HIV de forma voluntária. Isso mostra que basta um pouco de informação para provocar a ação”, comentou a professora de Enfermagem, Edilívia Dias de Mattos.

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