Quanto falta para o Paraná alcançar os Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio (ODM)? Qual a situação de cada mesorregião paranaense na redução da pobreza,
melhoria da educação, diminuição da mortalidade infantil e materna, e cuidado com o meio ambiente?
Estes e outros dados estão disponíveis na publicação "Indicadores do Milênio 2009: Paraná
e Mesorregiões", elaborada pelo Observatório de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis), de Curitiba.
"Várias
das metas contidas nos ODM dependem de ações locais: a educação, a saúde infantil e a preservação
da cobertura vegetal são fatores que podem ser transformados a partir de mobilizações locais e estão
muito associados às administrações municipais", afirma Luciana Brenner, coordenadora executiva do Orbis,
programa do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), apoiado pelo Sistema Federação das
Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).
De acordo
com o levantamento, o Paraná já alcançou as metas para os Objetivos 1 e 3, reduzindo mais da metade a
população que sofre de fome e aquela com renda familiar per capita inferior a ½ salário
mínimo, assim como disparidades educacionais entre homens e mulheres.
Em 2007, 97,5% dos paranaenses entre 7
e 14 anos estavam matriculados, indicando o acesso de todos à educação. No entanto, ao analisar a faixa
etária entre 15 e 17 anos, apenas 67,5% concluíram o ensino fundamental, 22% ainda estão cursando, e
10% se encontram fora do sistema educacional. Desse modo, será difícil alcançar o Objetivo 2 plenamente.
Segundo
dados preliminares de 2006, a mortalidade de menores de 5 ano no Paraná, comparada a 1990, apresentou uma redução
de 59%. No entanto, para alcançar a meta de 66,7%, deverá ser feito esforço nessa direção,
pois, no último período (2005/2006), a redução foi abaixo da necessária.
A mortalidade
materna representa o maior desafio para o Estado, pois apenas 41% da meta foram alcançados em 16 anos (de 1990 a 2006).
Quanto à Aids, verifica-se tendência de redução do número de casos a partir de 2002, com
decréscimo de 2%, mas como o indicador utiliza o ano de diagnóstico, é necessário um longo período
para avaliar o não-surgimento de novos casos.
A publicação completa e outros indicadores do Paraná
estão disponíveis no site do Orbis (www.orbis.org.br).
Informação regionalizada
- A publicação traz a análise dos indicadores dos Objetivos do Milênio no Paraná
e um breve perfil de cada uma das mesorregiões: Centro-ocidental, Centro-oriental, Centro-sul, Norte-central, Noroeste,
Norte Pioneiro, Oeste, Metropolitana, Sudeste e Sudoeste. O material está sendo distribuído aos participantes
dos encontros do Movimento Nós Podemos Paraná em todo o Estado.
O Nós Podemos Paraná tem
como objetivo antecipar o alcance dos Objetivos do Milênio no Paraná para 2010, cinco anos antes do prazo estipulado
pela ONU. O movimento é uma proposta do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, que vem sendo articulado e conduzido
pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
"Os indicadores poderão
auxiliar nos trabalhos de cada um dos Núcleos Regionais do movimento, principalmente na elaboração de
projetos de responsabilidade social e tomada de decisão. Conhecendo a realidade, fica mais fácil elaborar projetos
que contemplem o alcance dos ODM", explica a coordenadora do Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago.
Diana
Pegorini, professora da disciplina de Responsabilidade Social em cursos da Pontifícia Universidade Católica
do Paraná (PUC), Faculdades do Brasil (Unibrasil) e Facinter, acredita que a publicação será útil
para complementar os trabalhos em sala de aula. "Já desenvolvo com os alunos trabalhos com a temática dos Objetivos
do Milênio em sala de aula. Esses dados serão necessários para conhecer a realidade das regiões
e conhecer melhor as carências", diz.
Segundo levantamento do Orbis, das dez mesorregiões do Paraná,
nove já superaram as metas dos Objetivos 1 e 3, relativas à redução da pobreza, aos níveis
de nutrição e à disparidade do nível educacional entre homens e mulheres. Quanto à educação,
o acesso está garantido a todos; no entanto, os percentuais de conclusão do ensino fundamental ainda estão
distantes da meta.
Entre 1990 e 2006, as mesorregiões Centro-Ocidental, Centro-Oriental, Metropolitana e Norte-Pioneiro
tiveram redução da mortalidade infantil acima de 60%; nesse ritmo, certamente alcançarão a meta.
A Centro-Sul, Noroeste, Norte-Central, Oeste e Sudeste, com percentuais de redução entre 44% e 55%, precisam
intensificar seus esforços se desejarem alcançá-la. Já a mesorregião Sudoeste é
a que está mais longe de atingir a meta. Em 16 anos, a redução foi de apenas 16% no número de
óbitos.
A redução da mortalidade materna é o maior desafio entre todos. Tiveram o melhor
desempenho as mesorregiões Oeste, com 82% de redução, Centro-Sul (77%), e Norte-Central (62%). Este Objetivo
não será alcançado pelas demais, se permanecerem no ritmo atual.
Com relação ao
Objetivo 6, ao comparar o número de casos de Aids registrados em 2007 com os de 2002, ano em que ocorreu o pico da
doença no Estado, verifica-se que as mesorregiões Sudoeste, Noroeste, Centro-Sul e Centro-Ocidental, ou tiveram
aumento, ou pouca redução da doença, dificultando o alcance do Objetivo 6.
Agradeço informações/daos sobre indicadores $ mortalidade infantil e do 6 doenças na região dos campos gerais 3regional de ponta grossa. dados para uso na conferencia de saude ambiental obrigada
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