Congresso Nós Podemos Paraná discute Mortalidade Infantil e Materna
Este é um dos temas do encontro, que acontece de 06 a 09 de agosto, em Curitiba. A realização é do Movimento Nós Podemos Paraná, articulado pelo Sistema Fiep.
As ações que contribuem para a redução dos índices da mortalidade infantil e materna serão tratadas no 1º Congresso Nós Podemos Paraná, que acontece de 06 a 09 de agosto, no Cietep, em Curitiba e que tem como tema Educação para a Sustentabilidade. O Congresso, realizado pelo Movimento Nós Podemos Paraná, articulado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), acontece junto com a 7ª Mostra de Ação Voluntária – Cidadania e Responsabilidade Social. As inscrições para o Congresso e Mostra podem ser feitas no site www.mostradeacaovoluntaria.org.br
“Reduzir a mortalidade infantil e melhorar a saúde das gestantes são o 4º e 5º Objetivos do Milênio. Melhorar os índices significa contribuir para a garantia da continuidade das futuras gerações”, diz a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago.
De acordo com dados do Observatório Regional de Indicadores (Orbis), entre 1990 e 2004, o Paraná reduziu à metade a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos. Passou de 39 para 18 o número de óbitos a cada mil crianças nascidas vivas. Já em relação à mortalidade materna, houve 33% de diminuição entre 1990 e 2004.
Iniciativas simples e preventivas contribuem para reverter estes índices em todo o Estado. Em São Pedro do Ivaí, na região Norte, a empresa Vale do Ivaí desenvolve o projeto “Vale a Vida”, que orienta e dá supervisão nutricional à gestante e ao bebê, preparar as gestantes para o aleitamento materno, encaminhar as gestantes às consultas de pré-natal e viabilizar enxoval do bebê às famílias que não possuem condições financeiras.
O projeto desenvolvido em Curitiba resultou em diminuição de 50% do número de óbitos infantis entre 1999 e 2007. Houve avanços também em relação à maternidade materna: em 1999, eram 71,1 óbitos para 100 mil nascidos vivos, índice que passou para 32 em 2007. A mãe tem a gestação acompanhada, com os exames de pré-natal garantidos, o parto é seguro, e o bebê recebe todos os cuidados de saúde no primeiro ano de vida, para manter um crescimento saudável.
Prevenção de acidentes – De acordo com a coordenadora do programa Formação de Mobilizadores da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia, de 70% a 80% dos acidentes com crianças são domésticos e poderiam ser evitados com medidas simples. “Trabalhamos na mobilização e formação de multiplicadores que irão repassar as medidas de seguranças às famílias. Outro trabalho interessante é o realizado nas escolas, com crianças da educação infantil à 4ª série. Elas recebem orientação sobre a prevenção de acidentes e, aos poucos, desenvolvem esta cultura, tornando-se adultos mais cuidadosos”, conta.
“Queremos que as pessoas que tenham crianças pequenas e também aquelas que trabalhem com crianças tenham consciência e comportamento saudável e seguro”, diz. No site da ONG (www.criancasegura.org.br) há uma série de dicas de prevenção e dados sobre acidentes.
Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, somente em 1998, aproximadamente 5,8 milhões de pessoas morreram vítimas de trauma no mundo, o que representa 97,9 óbitos por 100.000 habitantes. Destes, aproximadamente 800.000 óbitos e 50 milhões de seqüelados estão na faixa etária de 0 a 14 anos de idade.
“No Brasil, a redução é lenta, mas já conseguimos diminuir em 15% ao ano as mortes de crianças por acidentes. Isso é um reflexo na melhoria da legislação, da obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, do bebê conforto e cadeiras de segurança nos carros, além das campanhas de prevenção sobre o uso do álcool”, diz Alessandra.
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