Orbis articula Observatórios Regionais em todo o Paraná
Observatórios serão responsáveis por monitorar os indicadores da região e disseminar as informações
O Observatório de Indicadores de Sustetabilidade (Orbis) deu início aos trabalhos para a instalação
de Núcleos de Observação Regional em Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Guarapuava. Existe a perspectiva
de estruturação de Núcleos em várias outras regiões, como Londrina, Maringá, Paranavaí,
Umuarama, Loanda, Santo Antônio da Platina, São Miguel do Iguaçu e Irati, onde, nos meses de outubro e
novembro, já foram realizadas oficinas de Análise de Indicadores com o objetivo de promover essa idéia.
Desse modo, pretende-se constituir uma rede de observação abrangendo todo o Estado.
Os Núcleos de Observação Regional serão responsáveis por monitorar os indicadores da região
e disseminar as informações. O Orbis dará apoio técnico à sua instalação
e funcionamento, além de disponibilizar informações, estudos, análises e bases de dados.
“A principal vantagem desta Rede é o compartilhamento de informações locais entre os municípios.
No Paraná, existem várias iniciativas de monitoramento de indicadores de desenvolvimento, mas não existe
uma metodologia única e um rigor técnico na coleta e tratamento da informação, essencial para
análises comparativas e estudos”, afirma a coordenadora executiva do Orbis, Luciana Brenner. O Orbis é
um programa do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), apoiado pelo Sistema Federação
das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).
Em Foz do Iguaçu, o Núcleo Regional conta com a parceria da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR)
do Extremo Oeste do Paraná (Adeop) e da Itaipu Binacional. De acordo com o secretário executivo da Adeop, Elsídio
Cavalcanti, a implantação do Núcleo será feita em três etapas. “Em fevereiro de 2008,
pretendemos disponibilizar o banco de dados com os indicadores para as universidades, para a Itaipu Binacional e para as 28
prefeituras que compõem a área de atuação da ADR.”
Cavalcanti afirma que, no início do ano, será constituída uma equipe de trabalho composta por representantes
da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) e universidades locais, para definir e desenvolver os
indicadores de acordo com a realidade da região Oeste.
“A terceira etapa é a articulação de um grupo de especialistas e profissionais para analisar os
indicadores, pois de nada adianta termos os dados se não soubermos interpretá-los”, comenta Cavalcanti.
Região Central - Em Ponta Grossa, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social já
firmou parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a qual receberá o Núcleo
de Observação Regional em suas instalações. Como afirma a docente da UTFPR, Cristiane Sant'Anna
Santos, o monitoramento dos indicadores é ferramenta indispensável para o planejamento estratégico, pois
permite uma gestão mais eficaz, por basear-se em dados objetivos e confiáveis.
“Os indicadores de desenvolvimento são medidas que orientam as decisões, as atividades e os processos
dos órgãos que trabalham com ações de desenvolvimento, traduzindo essas ações em
um conjunto coerente de informações. O monitoramento torna-se fundamental para que os resultados possam ser
mensurados, proporcionando parâmetros seguros para a atuação”, comenta ainda.
Para Cristiane, trabalhar com indicadores exige dos gestores avaliação constante e esforços para atingir
metas estabelecidas. “Neste trabalho, a articulação com as universidades é fundamental, pois é
onde estão as pessoas que apóiam as demandas de pesquisa e conhecimento”. Em Ponta Grossa, as atividades
serão realizadas em conjunto com o Grupo de Trabalho do Movimento Nós Podemos Paraná, que atua com os
indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). O levantamento começará no município
de Ponta Grossa e deve se expandir para toda a região dos Campos Gerais.
Já em Guarapuava, o Núcleo de Observação Regional terá apoio da Universidade Estadual do
Centro Oeste (Unicentro), que disponibilizará um laboratório, estudantes e professores do curso de Geografia
para as pesquisas. “Os trabalhos começarão com o início do ano letivo de 2008. Nosso principal
objetivo é gerar dados próprios e atualizar os que já existem, como o censo econômico de Guarapuava,
que não é atualizado desde 2001”, afirma o gerente executivo da Agência de Desenvolvimento de Guarapuava,
Paulo Amaral.
“Temos a necessidade de tornar a cidade protagonista do seu futuro. Pensarmos em desenvolvimento exige saber onde estamos,
qual a situação econômica, ambiental e social da região. Por isso, precisamos de uma base de dados
confiável, que nos forneça informações que permitam monitorar nossa caminhada em direção
ao futuro”, diz Amaral.
De acordo com Luciana Brenner, a ação articulada entre o Orbis e os Núcleos de Observação
Regional permitirá o compartilhamento de tecnologias de informação, o fortalecimento da atividade de
monitoramento de indicadores de desenvolvimento e ganhos de tempo e de escala na produção de conhecimento. “O
Orbis disponibiliza informações para todo o Paraná. A análise, observação e disseminação
dessas informações para apoiar o desenvolvimento e a formulação de políticas públicas
serão mais eficientes se desenvolvidas em cada uma das regiões”, diz, lembrando que o Orbis também
transferirá experiência e tecnologia aos Núcleos.
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