12/12/2007

Indicadores

Unicef revela melhora em qualidade de vida na infância no Brasil
Unicef revela melhora em qualidade de vida na infância no Brasil
Ampliação da rede de saneamento básico, no entanto, foi considerada insuficiente.Relatório mostra que país também avançou no combate à Aids 

Relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indica melhora em indicadores sobre a qualidade de vida de crianças e jovens brasileiros. As informações contidas na publicação Progresso para as Crianças: Uma Análise Estatística de um Mundo para as Crianças demonstram que o país evoluiu em relação a pelo menos seis das oito metas estabelecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A ampliação da rede de saneamento básico, no entanto, foi considerada insuficiente, segundo a Agência Brasil.  

O relatório, divulgado segunda-feira (10), é o sexto de uma série de estudos lançados pelo Unicef desde 2004. Em maio de 2002, pela primeira vez a Organização das Nações Unidas (ONU) organizou uma assembléia para discutir temas relacionados à infância. Chefes de estado e de governo se comprometeram a criar "um mundo apropriado para as crianças", fixando metas para o bem-estar e o desenvolvimento infantil. Esses objetivos devem ser atingidos até 2015.  

O Brasil progrediu no que diz respeito à meta de reduzir, entre 1990 e 2015, à metade a proporção de pessoas que passam fome. Segundo a publicação, entre 1990 e 2006, o número de crianças de até cinco anos com peso inferior ao normal caiu em média 2,9% ao ano. Avaliados conjuntamente, os países da América Latina e do Caribe obtiveram uma média de redução de 3,3%. Já o conjunto dos países em desenvolvimento, de 1,5%.  

Educação 
Quanto à garantia de acesso ao ensino fundamental, o Unicef também considerou que o país avançou, atingindo 95% de taxa de matrículas. Já o conjunto de países latino-americanos e caribenhos tiveram uma taxa de 93% e os países em desenvolvimento, de 84%.  

Mortalidade infantil 
Segundo o relatório, no Brasil, entre 1990 e 2006, a taxa de mortalidade infantil caiu de 57 para 20 crianças mortas em cada grupo de mil que nascem. Os países da América Latina e Caribe devem, até 2015, reduzir a taxa de mortalidade dos atuais 27 para 18, enquanto o conjunto de países em desenvolvimento devem atingir 34. Hoje, a cada mil nascimentos, morrem 79 crianças nesse grupo.  

Como a assistência médica inadequada também contribui para a mortalidade infantil, o quinto objetivo estabelecido pela ONU é melhorar a saúde das gestantes e reduzir assim em três quartos o número de mortes decorrentes da maternidade. Neste item, o Brasil registrou um progresso classificado como moderado, mas muito próximo ao do grupo dos países de pequeno avanço. De maneira geral, América Latina e Caribe também registraram um progresso moderado, mas pouco melhor que o Brasil. Já os países em desenvolvimento progrediram bastante desde a última avaliação disponível.  

Saúde 
O Brasil também avançou no combate à Aids. Segundo o relatório, 67% dos jovens entre 15 e 24 anos entrevistados responderam ter conhecimento amplo sobre a doença. O percentual é o mesmo tanto para homens quanto para as mulheres ouvidas. Além disso, 71% dos homens e 58% das mulheres dessa faixa etária disseram ter usado preservativos durante a última relação sexual de alto risco.  

Avaliando dados relativos a 2004, o relatório considera que o Brasil também progrediu em relação ao fornecimento de água tratada, chegando próximo da meta estabelecida para 2015, que é garantir o serviço a pelo menos 92% das residências urbanas e rurais. Tanto o conjunto dos países latino-americanos quanto as nações em desenvolvimento também avançaram.  No último objetivo avaliado, que mede o progresso em termos de saneamento básico, o avanço brasileiro foi considerado insuficiente.

Comparando os dados do relatório do Unicef sobre os anos de 1990 e 2004, os indicadores são praticamente os mesmos. Enquanto em 1990, 82% das residências urbanas e 37% das rurais estavam interligadas à rede de saneamento, em 2004 esses percentuais eram de, respectivamente, 83% e 37%.
 


De acordo com o relatório, apesar de o índice mundial de cobertura ter aumentado de 49% para 59% no mesmo período, o progresso é insuficiente para atingir a meta estabelecida pela ONU para 2015.

Fonte: G1

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