O segundo encontro do III Ciclo de Estudos sobre os ODS aconteceu na última terça-feira (18), no ISAE, em Curitiba. O evento é uma realização do Sesi Paraná, CIFAL Curitiba e Faculdade da Indústria com a parceria da Celepar. O tema debatido neste encontro foi o ODS 13 (Mudanças Climáticas).
O encontro iniciou com a apresentação dos indicadores relacionados ao ODS 13, pela gestora da informação do Núcleo de Indicadores de Desenvolvimento e Pesquisa (NIDEP), do Sesi, Isabela Drago. “Este ODS apresenta algumas questões como resiliência, causas naturais e consequências das atividades humanas”, destacou.
O presidente do ISAE, professor Norman Arruda Filho, salientou a necessidade de sensibilizar um número cada vez maior de pessoas sobre os ODS. “Temos uma lição de casa para fazer: o que devemos fazer e como devemos fazer, pois precisamos tornar tangível a causa dos ODS”, disse.
O professor Norman também destacou que não existe uma solução isolada para cada ODS, devido à conectividade que há entre eles.
O professor do ISAE e colaborador da Sanepar, Charles Carneiro, destacou como a questão da água está sendo afetada pelas mudanças climáticas. “Algumas evidências são: falta água para 20% da população mundial; há um aumento do número de inundações e enchentes e a elevação do nível de mares e oceanos. “Precisamos realizar ações preventivas, pois elas ainda são mais eficientes do que as ações mitigadoras”, salientou.
Segundo o professor, ainda há o problema de gestão da água que precisa ser avaliado. “No nordeste, por exemplo, 75% da água é desperdiçada antes de chegar no consumidor final”, destacou.
O diretor do Centro de Estudos da Defesa Civil, capitão Eduardo Pinheiro, apresentou como as mudanças climáticas influenciam no número de desastres causados por enchentes e deslizamentos, por exemplo. Ele destacou a iniciativa do programa Cidades Resilientes, que incentiva uma série de ações para prevenir e mitigar os problemas causados por desastres naturais. Aderiram ao programa, 74,45% dos municípios paranaenses. “O Brasil ainda subestima a avaliação do impacto dos desastres na economia”, destacou.
Segundo o capitão, o impacto dos desastres está diretamente relacionado as escolhas e omissões do poder público. “O município não está preparado para se antecipar ao resultado destes desastres”, disse. Outro exemplo citato é o caso das reconstruções após os desastres. “Não podemos fazer, de novo, da mesma forma”, disse.
O próximo encontro do III Ciclo de Estudos sobre os ODS acontecerá no dia 22 de maio, às 19h30min, na FAE, em São José dos Pinhais.
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