Nada mais digno e humano do que investir energia pessoal e recursos de várias instituições dos três setores da economia para ajudar a melhorar a vida das pessoas e do planeta. É assim que o Nós podemos - Movimento Nacional pela Cidadania e solidariedade vem fazendo em todos os estados brasileiros, desde o seu nascimento em 2004, motivado pela decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu oito objetivos para tornar o mundo melhor e mais justo até 2015. Trata-se de um movimento apartidário, ecumênico e plural da nação brasileira, integrado por pessoas e instituições voluntárias da sociedade (www.nospodemos.org.br).
Conhecidos como os Oito jeitos de mudar o mundo, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são uma plataforma de desenvolvimento humano, social, ambiental e econômico, apoiada por líderes de todas as nações do Sistema ONU, entre elas, o Brasil. Os objetivos são relacionados a grandes problemas mundiais, como a fome e a miséria, educação de qualidade, igualdade entre os sexos, mortalidade infantil, saúde materna, combate a doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.
O Nós podemos fez desses temas a sua principal missão: mobilizar e articular todos os setores da sociedade para promover o alcance dos ODM em nível nacional, estadual e municipal até 2015. Sabia-se dos enormes desafios e a crença de que, juntos, Nós Podemos, garantiu muita motivação e energia para abraçar essa causa. E os resultados chegaram. Dos oito Objetivos do Milênio, o Brasil alcançou sete, podendo não atingir o de Mortalidade Materna (ODM 5).
Na avaliação de Odilon Faccio, secretário executivo nacional do Movimento, o Brasil é um bom exemplo mundial, em que empresas, cidadãos, empresários, universidades e organizações da sociedade civil deram as mãos a prefeituras e governos para atuar por áreas como a educação, saúde e meio ambiente. “Estamos felizes de ofertar às Nações Unidas e outros países esse belo exemplo de cooperação e solidariedade. Num mundo hoje sem esperança, a gente ajudou a nacionalizar a esperança e solidariedade. Que esse exemplo possa ajudar a globalizar a esperança, numa jornada que não será fácil, mas precisa de união de esforços”, ressalta Odilon.
Combinação de fatores
O sucesso brasileiro com os ODM decorre da combinação de vários fatores, dentre os quais destacam-se o alinhamento de políticas públicas federais com as metas dos ODM; o comprometimento de governos municipais; ampla mobilização da sociedade civil e de empresas nos estados e municípios; produção de Relatórios Nacionais de Acompanhamento dos ODM, proporcionando insumos para o monitoramento pela sociedade e prestação de contas à ONU; realização de cinco edições do Prêmio ODM Brasil – com intensa participação do Movimento Nós podemos e da sociedade em geral em dezenas de seminários de lançamento e inscrição de inúmeros projetos. Também foi criado o Portal ODM (www.portalodm.org.br), sistema de informações com a situação dos indicadores do milênio de todos os estados e municípios brasileiros, atualizado permanentemente com dados de fontes oficiais.
Graças às ações do Movimento Nós Podemos e de todos os seus parceiros – empresas, governos, organizações da sociedade civil, instituições de ensino, voluntários – os bons resultados do Brasil estão sendo levados aos municípios, onde as pessoas moram, vivem e querem progredir. Como resultado desse trabalho, foram obtidos também enormes ganhos para prosseguir com a jornada da ONU:
Em maio de 2015, havia 896 municípios com algum registro de atividade ODM. Embora esteja perto de representar 20% dos 5.570 municípios, em termos populacionais, a presença dos ODM é muito maior tendo em vista que há núcleos ODM em todas as capitais e nas principais cidades dos estados. Até 2017, a meta é atingir 25% dos municípios.
De olho na sustentabilidade
Os ODM se encerram em 2015 e estão em andamento, sob a coordenação da ONU. Os preparativos para a nova agenda mundial de desenvolvimento, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que irão vigorar de 2016 a 2030. O MNCS, que dedicou uma década em prol dos ODM, já abraçou os ODS.
A nova agenda propõe desafios ainda maiores, tais como os sistemas de produção, os padrões de consumo, mais energia, mais alimentos, garantir o acesso à água, ter ética e valores, além do enfrentamento das mudanças do clima, entre outros. Eles exigem inovadoras e vigorosas parcerias em escala nacional e global. “Em 2050, devemos ter em media 9 bilhões de pessoas vivendo no planeta. Precisamos trabalhar muito para garantir uma vida sustentável a essa pessoas”, defende Odilon Faccio.
O secretário executivo do Movimento Nós podemos reforça que nenhum país, ou organização, isoladamente, conseguirá garantir o futuro digno que se quer para todos. Odilon acredita que a agenda ODS é uma oportunidade de se ter prioridades globais, com metas para os governos e a indispensável parceria das empresas, organizações sociais e das pessoas: “Só uma consciência global da sociedade vai possibilitar a mudança de paradigma. A nova agenda ODS é uma possibilidade de ofertar às novas gerações uma vida com mais paz, igualdade e solidariedade.Será a busca do equilíbrio nas dimensões econômica, social e ambiental, agora não mais como opção, mas como uma necessidade imperiosa de um mundo sustentável, inclusivo, justo e democrático.”
Diálogo sobre a transição ODM-ODS
Em 22 de setembro, durante a Conferência Ethos 2015 em São Paulo, o Movimento Nós podemos realizará o diálogo “Dos ODM para os ODS: Resultados e desafios”. A atividade visa apresentar de que forma o Brasil atingiu suas metas e como o fez, por meio de políticas públicas, em parceria com a sociedade civil e com as empresas. “Será um momento para comemorar os bons resultados do país em relação aos ODM e inaugurar a passagem para nova agenda dos ODS”, explica Odilon Faccio.
Foto: Crédito - Camila de Magalhães/FAC/D.A Press
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