No mês de maio, o Nós Podemos Londrina, em uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, junto com o Comitê de Prevenção da Mortalidade Materno-Infantil lançaram a campanha “Mãe: o Cartão de Gestante é um direito seu”. Com o objetivo de ampliar o acesso aos direitos garantidos à mulher quanto à assistência em saúde e a redução dos casos de Mortalidade Materna, a ação contou com o apoio do Sesi e Senai de Londrina.
O lançamento aconteceu na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, no dia 5 de maio, com a participação do Secretário Municipal de Saúde Mohamad El Kadri, além de representantes de diversas entidades ligadas a iniciativas voltadas a saúde da gestante para chamar a atenção da sociedade para o problema das mortes maternas e ampliar o debate público sobre os direitos das mulheres relacionados à gravidez e à saúde plena.
Para a coordenadora do Movimento Nós Podemos Paraná, Cidinha Zago, o índice ainda é alto, e a informação ainda é uma estratégia eficaz. “Tivemos uma redução, mas de forma lenta, sendo que a maioria das causas são evitáveis. Precisamos investigar, divulgar, principalmente orientar as gestantes para que faça um bom pré-natal e um acompanhamento através de seu cartão. Temos um longo caminho pela frente e o trabalho continua mas de uma maneira mais fortalecida e efetiva ”.
A coordenadora do Comitê, Christiane Lopes Barrancos, ressaltou que o Cartão de Gestante, além de constituir-se em um prontuário de bolso, é uma estratégia que pode garantir melhorias na qualidade do pré-natal, com registros fidedignos da gestação atual e para gestações futuras. “Esse instrumento pode evitar óbitos maternos, infantis e fetais e é um direito de toda mulher”, salientou a coordenadora. Christiane Barrancos destacou, ainda, que o cartão da gestante oportuniza para a paciente, familiares e equipe de saúde dos diversos serviços, dados relevantes sobre o histórico médico e de consultas, garantindo uma melhor qualidade do pré-natal e reduzindo riscos à saúde da gestante e do recém-nato. No cartão devem constar dados de todos os atendimentos realizados e exames, preenchidos por médicos, enfermeiros, dentistas e demais profissionais da área da saúde, em qualquer atendimento que venha a ser realizado à gestante/parturiente/puérpera.
Durante a campanha foram distribuídos folders e cartazes em diversos locais de circulação frequente das grávidas, como pronto-atendimentos, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e maternidades. Além disso, o Comitê solicitou aos representantes de universidades, hospitais, medicina suplementar e grupos de apoio, orientações sobre a distribuição, preenchimento e esclarecimento sobre a importância do cartão para saúde da mãe e do bebê com as informações da gestação, parto, puerpério e para gestações futuras.
Na tarde de ontem (28), Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna encerrando a programação da campanha, a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e o Conselho Municipal dos Diretos da Mulher promoveram um debate sobre “Parto Humanizado e Saúde Materna”. O evento aconteceu no Auditório da Associação Médica de Londrina, com o apoio do Grupo Doulas de Londrina, Gesta Londrina e Rede Feminista de Saúde.
Na oportunidade os presentes puderam assistir o documentário: “O Renascimento do Parto”, lançado em 2013, que faz uma avaliação de como está a assistência obstétrica no Brasil, quais os principais problemas e dificuldades sobre os tipos de nascimentos no país, retrata os altos índices de cesariana e, também, mostra as dificuldades no sistema hospitalar para o parto humanizado. De acordo com a socióloga e assessora de planejamento da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, Elaine Galvão, o filme destaca a importância do parto natural e as condições para que a mulher possa escolher qual tipo de parto ela deseja. “O filme é para que ela seja bem informada de todos os procedimentos e orientada de todo o processo, desde a gestação até o puerpério”, afirmou. Após a reflexão do filme, aconteceu um debate com doula Marília Mercer, a enfermeira e obstetra Andrielle Martins e a médica Marlene Nonaka.
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