O Sesi no Paraná, por meio do Movimento Nós Podemos Paraná, realizou hoje (12) um painel sobre a redução da mortalidade materna, no Campus da Indústria, em Curitiba. O painel contou com a participação de representantes do colegiado que coordena o Comitê Estadual de Prevenção a Mortalidade Materna, Vânia Muniz Nequer Soares e Eliana Carzino; e da médica ginecologista responsável pela vigilância dos óbitos maternos da Secretaria Municipal de Saúde, Regina Piazetta.
O Comitê Estadual de Prevenção a Mortalidade Materna foi fundado em 1989 e possui um papel importante para evitar as subnotificações de mortalidade materna. “Cerca de 40% das mortes maternas só são descobertas após investigação”, destacou Vânia Soares.
Segundo dados apresentados pelo Comitê, de 1990 a abril de 2015, 3.007 mulheres morreram durante a gestação ou até 42 dias após o parto. Em 1990, foram 90,50 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Em 2014, foram 43,17, sendo que a redução foi de 55,93% e a meta do ODM 5
Segundo Eliana Carzino, 90% das mortes maternas são evitáveis. As maiores causas de mortalidade ainda são a eclampsia (pressão alta) e hemorragias pré e pós-parto.
Ações de planejamento familiar, pré-natal de qualidade, parto humanizado são algumas das iniciativas que podem contribuir para a redução da mortalidade materna.
Segundo a médica ginecologista Regina Piazetta, em Curitiba, de 2005 a 2014, foram registrados 97 óbitos maternos, sendo que 73 foram de causas evitáveis. A Secretaria Municipal de Saúde tem programas que trabalham na prevenção, que vão além do pré-natal e da infraestrutura hospital. “São medidas de planejamento familiar, educação em saúde e sociais”, salientou Regina.
Importante ter como referência, quando fala-se em mortalidade materna, é que a taxa máxima de mortalidade materna recomendada pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS) é de 20 casos a cada 100 mil nascidos vivos. A meta estabelecida para o Brasil é de 35 casos.
Envie para um amigo