A primeira oficina do Projeto “Eu Quero Mais! de valorização da mulher e igualdade entre os sexos” foi realizada ontem (29), no município de Ortigueira, e foi importante para a formação do Comitê de Valorização da Mulher e definição da primeira ação. Com a participação de 30 mulheres, o evento realizado pelo Núcleo Regional dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio dos Campos Gerais, Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) e Serviço Social da Indústria (Sesi), instigou a proposta de reativação da Associação das Mulheres Costureiras de Ortigueira.
Criada há cinco anos, a Associação – legalmente formada e com maquinário adquirido – foi inativada devido a problemas familiares da ‘criadora’. De volta às suas atividades, Elizena de Oliveira Kuhnen ganhou adeptos à proposta. E a primeira reunião do grupo está agendada para o dia 11 às 14 horas. “Neste primeiro encontro vamos verificar as estratégias para a reativação”, adiantou Marcos Lagos, que ‘comprou’ a ideia de Elizena. Marcos foi o único homem a participar da reunião do projeto “Eu Quero Mais”. “Atuo em um escritório de advocacia e me deparo com muitos casos de violência contra a mulher. Quis participar para aprender um pouco mais sobre o tema da mulher”, contou.
O interesse de Marcos não foi deixado de lado na proposta de reativação. “Queremos dar lucro para as costureiras, mas também com o foco no social. “Vamos realizar ações contra a violência. Não somente aquela violência explícita, mas também contra aquela que é verificada no dia a dia. Que é a violência moral, a discriminação”, antecipa.
Conforme a articuladora do Sesi, Silvia Teuber – que está ministrando a primeira oficina do projeto ‘Aprendendo a Empreender’ – esta é a proposta da ação. “São ideias que podem virar ações”, destaca, citando a cooperação e a integração como ferramentas fundamentais. “Desta forma as tarefas são divididas e os talentos valorizados”, completa.
Além da proposta de reativação, outros grupos de trabalho foram criados. As mulheres que já atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do município e realizam oficinas de crochê e pintura pretendem criar no município, com o apoio da Prefeitura Municipal, a Casa do Artesanato Ortigueirense. “Queremos ter este espaço para trabalhar e poder mostrar o nosso trabalho”, antecipa, lembrando que o espaço teria um local para que as mães pudessem ter um apoio para poder levar os filhos. A equipe técnica da Prefeitura Municipal também acompanhou o encontro de mulheres, e se colocou a disposição para auxiliar os projetos do Comitê de Valorização da Mulher de Ortigueira.
Envie para um amigo