O Sesi no Paraná realizou hoje (3) durante o Congresso “A Caminhada dos ODM no Paraná e Agenda Pós-2015”, um painel para debater os avanços dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) no estado e a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O evento aconteceu no Campus da Indústria, em Curitiba.
“O Sesi, neste trabalho de mobilização social em prol dos ODM, empodera pessoas, promove potencialidades locais e incentiva o voluntariado, pois ninguém consegue promover o desenvolvimento sozinho”, salientou a gerente de articulação estratégica e inovação social do Sesi no Paraná, Maria Cristhina Rocha.
A coordenadora do Observatório de Indicadores de Desenvolvimento do Sesi no Paraná, Diva Irene da Paz Vieira, apresentou alguns indicadores dos ODM do estado do Paraná. Segundo estas informações, disponibilizadas no Portal ODM, 30% das crianças e adolescentes até 17 anos entram na escola e não terminam o ensino fundamental e uma em cada cinco crianças nascidas é de mãe adolescente. “Um Paraná melhor depende de nós, pois precisamos de melhores cidadãos para que políticas públicas sejam efetivas e para a promoção da cidadania e da solidariedade”, salientou Diva.
ODS
As negociações para a implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram apresentadas pelo embaixador Mário Mottin, coordenador da área de desenvolvimento sustentável no Ministério das Relações Exteriores que faz parte do comitê que está debatendo a criação desta nova agenda de desenvolvimento pós-2015 na ONU.
“Os ODM têm foco no desenvolvimento humano e a proposta dos ODS está focada no desenvolvimento sustentável no sentido mais amplo”, salientou Mário.
Há um ano de meio um grupo de trabalho, formado por 70 países, está se reunindo para debater necessidades comuns para os 193 países que integram a ONU, com base nas consultas públicas realizadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). “Não foi simples chegar a uma proposta conjunta, mas todo o trabalho foi estruturado na necessidade de pensarmos qual o futuro que queremos”, destacou.
A proposta de 17 objetivos e 169 metas ainda passará pela reunião de Cúpula da ONU, em setembro de 2015, antes de entrar em vigor a partir de 2016.
Investimento Social Privado
Ainda nesta manhã aconteceu o painel sobre Investimento Social Privado com o presidente da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, João Paulo Vergueiro. Ele destacou a necessidade de toda instituição ter um setor de captação de recursos, permanente, para a viabilização dos projetos. “A pessoa ou empresa que doa ela faz por interesse, vínculo e capacidade e, por isso, é necessário pensar em estratégias para elas possam doar recursos continuamente para manter o trabalho social das instituições”, salientou João Paulo.
Segundo ele, sobre os ODS, o principal desafio será buscar empresas para contribuírem financeiramente, formando parcerias com os investidores sociais privados e com a sociedade civil para implementar as ações.
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