Resultado - 09/07/2014

América Latina e Caribe avançam em relação à educação, emprego e igualdade de gênero

O Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2014 lançado nesta segunda-feira (07) avalia os progressos realizados no mundo para alcançar os ODM

As condições de vida de milhões de pessoas melhoraram graças aos esforços a nível global, regional, nacional e local para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Segundo o novo Relatório dos ODM lançado nesta segunda-feira (07), em Nova York, muitas das metas estabelecidas já foram alcançadas mundialmente, como a redução da pobreza, o aumento do acesso a fontes de água potável, a melhoria das condições de vida de moradores de favelas e a realização da paridade de gênero no ensino primário.

O Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é uma avaliação anual dos progressos realizados a nível mundial e regional para alcançar os ODM, que apresenta dados mais amplos e atualizados, compilados por mais de 28 agências internacionais e das Nações Unidas. O relatório é elaborado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e da Secretaria Social das Nações Unidas. O conjunto completo de dados utilizados na elaboração do Relatório está disponível nosite.

clique para ampliar>clique para ampliarSegundo o Relatório, Brasil é destaque em meio ambiente e sustentabilidade (Foto: Jorge Henrique / VR14 Comunicação)

Os dados mostram que os ODM contribuíram para salvar milhões de vidas em todo o mundo. De acordo com o relatório, ao longo dos últimos 20 anos, a mortalidade de crianças menores de cinco anos foi reduzida quase pela metade, o que significa dizer que a cada dia evita-se a morte de 17 mil crianças em todo o mundo. Além disso, a terapia antirretroviral para pessoas infectadas com HIV salvou 6,6 milhões de vidas desde 1995 e a taxa de mortalidade materna diminuiu 45% entre 1990 e 2013. Entre 2000 e 2010, foi evitado que mais de 3 milhões de pessoas morressem de malária graças a expressiva ampliação das intervenções preventivas e do tratamento contra a doença.

"Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são um testemunho do compromisso de defender os princípios da dignidade humana, igualdade e equidade, e livrar o mundo da pobreza extrema", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O relatório ressalta que, para a elaboração da próxima agenda de desenvolvimento, é essencial manter durante  o resto do ano os progressos conseguidos até agora no alcance dos ODM  e concentrar e intensificar os esforços nas áreas em que o progresso tem sido mais lento ou ainda não foi alcançado. 

América Latina e Caribe

O Relatório destaca o progresso alcançado na região da América Latina e Caribe, sendo a região que mais apresentou resultados em áreas como paridade de gênero e acesso ao tratamento contra o HIV, quando comparada às demais regiões em desenvolvimento.

Em 2012, as mulheres da região ocupavam 44 de cada 100 empregos remunerados em setores não-agrícolas, que é a maior proporção de paridade de gênero de todas as regiões em desenvolvimento. Matricularam-se em instituições de ensino secundário 107 meninas para cada 100 meninos, diferença que se torna ainda mais significativa no ensino superior, com 128 meninas matriculadas para cada 100 meninos.

A região também está perto de cumprir a meta de reduzir pela metade a proporção de pessoas que passam fome, que caiu de 15% em 1990-1992 para 8% entre 2011-2013. No entanto, ainda existem grandes disparidades entre as duas sub-regiões. Entre 2011-2013, a prevalência de pessoas subnutridas na América Latina foi de 7%, enquanto no Caribe foi de 19%.

América Latina e Caribe também reduziram a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos em 65%, passando de  54 mortes por mil nascidos vivos em 1990, para 19 em 2012, o que aproxima a região de alcançar a meta.

O Brasil aparece em destaque na seção do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio relacionado ao meio ambiente. As medidas tomadas pelo país para reflorestar as áreas desmatadas e gerir de forma mais sustentável as suas florestas foram reconhecidas, junto com outras ações realizadas pelo Chile, China, Costa Rica, Ruanda e Vietnã, que contribuíram para reduzir a média de perda de florestas de 8,3 milhões de hectares anuais em 1990 para cerca de 5,2 milhões anualmente entre 2000 e 2010.

Fonte: PNUD

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