Debater os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) nas comunidades indígenas foi o tema da reunião realizada ontem (29), nas Clínicas integradas da Faculdade Guairacá, em Guarapuava. Participaram do encontro representantes de instituições de Guarapuava, Turvo, e Quedas do Iguaçu que realizam ações e projetos com comunidades indígenas.
O evento contou com a participação da oficial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ieva Lazareviciute. “As políticas públicas não são adaptadas para determinados públicos, especialmente, os mais vulneráveis e os indígenas estão entre esses grupos”, destacou Ieva.
Ela destacou a realização de um piloto no Estado do Mato Grosso do Sul sobre o trabalho com os ODM em comunidades indígenas.
Foram apresentados alguns projetos já realizados nos municípios da região. Questões culturais, falta de capacitação e de técnicos são alguns dos problemas que estas instituições que trabalham com indígenas enfrentam. “A nossa principal dificuldade é a continuidade dos projetos. Não temos formação específica e conhecimento técnico para trabalhar com o indígena”, destacou o psicólogo do CRAS de Turvo, Tiago Suhre.
“O nosso objetivo é incentivar a promoção da qualidade de vida dos indígenas e este encontro foi muito positivo porque conseguimos incentivar a troca de experiências e a formação de grupos de trabalho dentro do colegiado Nós Podemos Guarapuava para debater este assunto”, salientou a secretária estadual de mobilização do Movimento Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago Udenal.
“O indígena já sobre discriminação e a mulher indígena é mais discriminada ainda. No nosso caso, deu certo o trabalho com grupos menores, as famílias, e não toda a aldeia e o incentivo a produção para o autoconsumo”, destacou Sandra Kanig, da ONG Outro Olhar.
Próximos passos
Na próxima reunião do colegiado do Nós Podemos Guarapuava, dia 20 de maio, este grupo irá trabalhar algumas temáticas como: capacitação para os profissionais que trabalham diretamente com indígenas, criação de uma metodologia para educação de guaranis e incentivo ao conhecimento por meio da comunicação.
“Precisamos trabalhar o indivíduo para que o indígena possa se preparar para as adversidades”, destacou Ieva.
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