Os moradores de Rebouças, região sudeste do Paraná, estão envolvidos com as atividades da metodologia de desenvolvimento local do Sesi desde o dia 10 de junho deste ano. Durante os encontros, moradores, poder público e entidades representativas montaram um plano de ações para o município. Algumas ideias já saíram do papel e estão em andamento.
A população elencou como ações prioritárias a criação de duas cooperativas, uma de coletores de materiais recicláveis e a outra de agricultura familiar. A cooperativa dos agentes ambientais tem a parceria da prefeitura de Rebouças que já possui um cadastro dos membros participantes, está em fase de regularização e agora está atrás de um espaço físico para a construção de um barracão. A outra cooperativa ainda está tentando ser formada com a mobilização e articulação de pessoas interessadas.
“As duas cooperativas já faziam parte do nosso projeto. Elas já passaram pela aprovação nos órgãos responsáveis e agora serão feitas reuniões com os responsáveis para começar uma linha de ação. Apesar de termos a coleta seletiva do lixo, as pessoas não sabem da importância de separar o lixo reciclável do normal, e com isso, muitos materiais que podem ser reciclados acabam parando no aterro”, explica Clarisvaldo Antonelli, secretário de Agricultura de Rebouças.
Ensino profissionalizante
Outra ação planejada pelos moradores durante o círculo de diálogo e que já está acontecendo é relacionada ao ensino e capacitação profissional. Com a ajuda da secretaria de educação de Rebouças e do Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis) do Sesi no Paraná, questionários estão sendo distribuídos e aplicados em todas as escolas de ensino médio para identificar os temas de interesse dos jovens na área profissional. “A ideia é identificarmos essas demandas e buscarmos cursos profissionalizantes do Pronatec”, explica Carlos Kosloski, articulador do Sesi Sustentabilidade em Rebouças.
“Aqui não temos indústria, por isso, nossos jovens estudam até certa idade e acabam saindo da cidade. E nós percebemos que eles precisam de cursos profissionalizantes para trabalhar na região. Os pais do jovem reclamam muito disso, não tem curso e os jovens acabam saindo de casa”, conta a comerciante Claudina Jacomel, que participou do encontro.
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