No dia 29 de maio aconteceu uma mesa redonda com o tema “Gravidez de Risco e Garantia dos Direitos Reprodutivos – Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna 2013” no Anfiteatro do Hospital Universitário CCS/UEL, em Londrina. O evento contou com a participação de cerca de 200 pessoas. O público alvo eram estudantes, profissionais da saúde e demais interessados.
As ações de redução da mortalidade materna é parte dos direitos humanos reconhecidos pelas Plataformas de Ação elaboradas nas das grandes Conferências da ONU, Cairo (1994) e Beijing (1995).
Dentre os direitos reprodutivos, a morte materna é considerada a mais grave violação nas mulheres. Estima-se que 90% das mortes poderiam ser evitadas com um atendimento de qualidade. Nacionalmente, a razão de mortalidade materna está em 56 para cada 100 mil nascidos vivos, quase três vezes o número considerado aceitável pela ONU. No Estado do Paraná, as mulheres negras têm risco de morte aumentado em sete vezes quando comparadas às outras - esse é um fenômeno recorrente em todo o país.
Luis Claudio Galhardi, coordenador do Nós Podemos Londrina, acredita que o evento foi importante pois os direitos sexuais e reprodutivos são pouco conhecidos e praticados, principalmente no Brasil. “As mulheres têm o direito de saber que existem várias formas de parto e este direito de escolher não é respeitado, principalmente pelos médicos, que muitas vezes nem conhecem amplamente o assunto.” Luis ainda levanta o questionamento de porquê o Brasil é o país campeão em cesárias e em outros países de primeiro mundo é bem diferente. O Movimento Nós Podemos Londrina tem trabalhado na perspectiva de humanizar o parto, trabalhando em prol do ODM 5.
Envie para um amigo